No comentário desta semana, espaço para uma homenagem a Francisco Pinto Balsemão e para levantar “dúvidas” sobre o tão falado assalto ao Louvre
Paulo Portas considera que “a Europa, na Hora H, falhou àquele que é o seu principal problema de segurança”.
Posição assumida pelo comentador da TVI (do mesmo grupo da CNN Portugal) no seu espaço de comentário semanal “Global” enquanto falava da guerra na Ucrânia.
Portas procurou identificar qual o “obstáculo dentro da Europa” para que a Ucrânia se financie com ativos russos. Trata-se de uma vontade de Kiev de difícil concretização, o que leva o analista a defender que “Zelensky não teve uma semana auspiciosa” nas reuniões que teve manteve tanto com Washington como com Bruxelas.
O comentador reconhece que o sistema financeiro, como depositário dos bens, não pode colocar em causa a sua “credibilidade” ao alienar bens que não lhe pertencem. A única alternativa é a que tem sido utilizada: a dos juros.
“Na circunstância dificílima em que está a Ucrânia, este ponto poderia mudar seriamente a situação de batalha”, considerou.
Analisando a relação entre Donald Trump e Vladimir Putin, Paulo Portas lembrou que a semana “também não foi brilhante para Putin”, uma vez que “parece ter havido pelo menos uma interrupção na capacidade que mostrou durante nove meses de manipular o presidente dos Estados Unidos.
Homenagem a Balsemão, a “grande purga” na China e as “dúvidas” do assalto ao Louvre
O “Global” desta semana arrancou com uma homenagem a Francisco Pinto Balsemão.
“Se houvesse uma forma de medir o contributo individual que determinadas personalidades tiveram para que Portugal desse um salto, política e economicamente, certamente Francisco Pinto Balsemão estava lá”, argumentou Portas, apresentando depois vários argumentos para a sua tese.
Já na análise internacional, foco na “grande purga” no Partido Comunista Chinês. “Xi Jinping é, desde Mao Tsé-Tung, o maior cortador de cabeças, no sentido político, o maior purgador”, começou, para falar num possível “exercício de terror para dentro”.
Tempo ainda para analisar o assalto ao Museu do Louvre, que deixa duas dúvidas a Paulo Portas: por que motivo “o alarme não funcionou” e as “joias não tinham seguro”.