
Kirill Dmitriev, representante presidencial especial de Vladimir Putin para o investimento e a cooperação económica
A afirmação é de Kirill Dmitriev, representante especial do presidente Putin, que deverá reunir-se no sábado, na Florida, com o enviado de Donald Trump, Steve Witkoff. Zelenskyy disse na quarta-feira considerou que congelar o conflito ao longo das actuais linhas da frente “é um bom compromisso”.
A Ucrânia, a Rússia e os Estados Unidos estão “bastante próximos” de alcançar um acordo que ponha fim à guerra na Ucrânia, afirmou um alto responsável russo, citado pelo Politico.
Estas declarações foram proferidas na sexta-feira por Kirill Dmitriev, representante presidencial especial de Vladimir Putin para o investimento e a cooperação económica, na sequência das palavras do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, que na quarta-feira considerou que congelar o conflito ao longo das actuais linhas da frente “é um bom compromisso”.
Em declarações à CNN, Dmitriev afirmou que “é um grande passo do presidente Zelenskyy reconhecer já que a questão se centra nas linhas de combate”.
“Sabem, a posição anterior de Volodymyr Zelenskyy era a de que a Rússia deveria retirar-se completamente. Portanto, na verdade, creio que estamos razoavelmente próximos de uma solução diplomática que possa ser concretizada”, acrescentou o responsável russo.
Contudo, a Ucrânia e os seus aliados europeus alertaram também na sexta-feira que “as fronteiras não devem ser alteradas pela força”. Moscovo tem exigido que a Ucrânia ceda mais território antes de aceitar um cessar-fogo.
Dmitriev deverá reunir-se no sábado, na Florida, com o enviado do presidente norte-americano Donald Trump, Steve Witkoff, para discutir uma solução para o conflito. Prevê-se igualmente um segundo encontro entre Trump e o presidente russo Vladimir Putin, possivelmente durante uma cimeira em Budapeste.

Kirill Dmitriev, representante presidencial especial de Vladimir Putin para o investimento e a cooperação económica (esq) com Steve Witkoff, enviado de especial de Donald Trump (dir)
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, que deverá acolher as conversações, afirmou este sábado que a reunião “não foi retirada da agenda”. “O calendário é incerto, mas o encontro vai acontecer”, disse Orbán.
Entretanto, os ataques russos contra a Ucrânia prosseguem. Duas pessoas morreram e 13 ficaram feridas em bombardeamentos sobre Kiev na noite de sexta-feira, noticiou a Reuters.