Carlos Tavares prevê que possa existir uma separação entre os negócios europeus e norte-americanos da Stellantis. Quanto à Tesla, o gestor português refere que não se pode descartar a saída da Tesla do setor automóvel para se focar em áreas como os robôs humanoides, a SpaceX, ou a inteligência artificial. “Não tenho a certeza se a Tesla ainda existirá daqui a 10 anos. É um grupo inovador [Tesla], mas será ultrapassado pela eficiência da BYD”, avançou Carlos Tavares.

FILE PHOTO: Stellantis CEO Carlos Tavares inaugurates the group’s electrified dual-clutch transmission (eDCT) assembly facility in the Mirafiori complex in Turin, Italy, April 10,2024. REUTERS/Massimo Pinca/File Photo

O antigo CEO da Stellantis, Carlos Tavares, fazendo lembrar Nostradamus, o francês famoso pelas suas profecias, avançou com várias previsões para aquele que poderão ser o futuro da indústria automóvel, e que a se concretizarem podem alterar de forma significa o que é hoje o setor.

Umas das suas previsões esteve ligada ao grupo automóvel que outrora liderou. Carlos Tavares, citado pela empresa internacional, considerou que o “triplo equilíbrio” no grupo Stellantis, entre Itália, França e Estados Unidos pode se romper, face aos vários desafios que a organização enfrenta.

Entre os cenários previstos por Carlos Tavares está uma possível divisão entre as operações europeias e norte-americanas da Stellantis. O gestor português adiantou que um fabricante chinês pode fazer um dia uma oferta pelos negócios europeus do grupo, com os norte-americanos a retomarem as operações na América do Norte.

Outra das previsões de Carlos Tavares está ligado à Tesla.

Gestor alerta que Tesla pode sair do setor automóvel

A previsão de Carlos Tavares aponta no sentido do fim da Tesla, de Elon Musk, pelo menos no que diz respeito ao negócio automóvel.

Em declarações ao jornal Les Echos, transcritas pela Fortune, Carlos Tavares salienta a pressão que a fabricante chinesa BYD tem colocado sobre a Tesla, que já se traduz em vendas globais superiores da organização asiática, pode levar ao afastamento da organização de Elon Musk da área automóvel para se focar noutros setores.

Carlos Tavares referiu ao Les Echos que “não se pode descartar” que em algum momento a Tesla “decida deixar a indústria automóvel” para se concentrar em robôs humanoides [outra área de negócio explorada pela Tesla], SpaceX [negócio de foguetões que também pertence a Elon Musk] ou inteligência artificial [que já é desenvolvida pela xAI de Elon Musk].

O gestor português disse “não ter certeza” se a Tesla “ainda existirá” daqui a 10 anos. “É um grupo inovador [Tesla], mas será ultrapassado pela eficiência da BYD”, avançou Carlos Tavares.