O furacão Melissa foi actualizado para uma tempestade de categoria 5, com ventos destrutivos e inundações catastróficas, que se deverão intensificar na Jamaica durante o dia e a noite desta segunda-feira, informou o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla original) dos EUA.
“Não se aventurem a sair do vosso abrigo”, declarou o NHC na manhã de segunda-feira. “É provável que ocorram inundações catastróficas e potencialmente fatais e numerosos deslizamentos de terra”, alertou, citado pela Reuters, dando conta da possibilidade de “danos extensos nas infra-estruturas, interrupções duradouras de energia e comunicação e comunidades isoladas”.
Já na noite de domingo, o Governo jamaicano emitiu ordens de retirada obrigatórias para todas as pessoas que integrem comunidades costeiras vulneráveis, incluindo partes de Kingston. “Prevê-se uma vaga de tempestade principalmente no lado Sul da ilha, a leste do centro”, afirmou Evan Thompson, director principal do Serviço Meteorológico da Jamaica, citado pela CNN.
Pescadores mudam um barco para um local mais alto, antes da chegada do furacão Melissa, em Port Royal, Jamaica
Octavio Jones/Reuters
Melissa estava localizado a cerca de 315 milhas (505 quilómetros) a su-sudoeste de Guantánamo, Cuba, com ventos máximos sustentados de 260 km/h, disse o NHC.
“Espera-se uma lenta viragem para noroeste e norte hoje (segunda-feira) e nesta noite, seguida de uma aceleração para nordeste a partir de terça-feira e continuando pelo menos até quinta-feira”, disse o NHC.
Os furacões são classificados nas categorias de 1 a 5 pela escala de Saffir-Simpson, com base na velocidade dos ventos sustentados. As categorias indicam o potencial de destruição, desde danos menores na categoria 1 (ventos entre 119-153 km/h) até danos catastróficos na categoria 5 (ventos acima de 252 km/h).
Um famoso furacão de categoria 5 foi o Katrina, que, em 2005, arrasou mais de 200 quilómetros de costa Sul dos EUA, deixou 80% de Nova Orleães submersa e matou quase duas mil pessoas.
O furacão Melissa, numa imagem composta de satélite obtida pela Reuters
CIRA/NOAA via REUTERS