Trinta e seis pessoas foram detidas este ano em flagrante delito pelo crime de fogo florestal e 525 identificadas, revelam hoje dados da GNR, segundo os quais foram registados 2979 crimes de incêndio.
Salienta-se ainda, em comunicado, que este ano foram sinalizadas, em todo país, 10.417 situações de falta de limpeza de terrenos.
“Face ao agravamento do risco de incêndio em vastas zonas do território nacional, motivado pelo aumento das temperaturas, ventos fortes e baixos níveis de humidade relativa”, a Guarda Nacional Republicana refere que tem “vindo a reforçar, de forma significativa, o seu empenhamento na prevenção e no combate aos incêndios rurais”.
Neste âmbito, encontra-se a intensificar o patrulhamento de visibilidade e a vigilância em áreas florestais e agrícolas de risco elevado, muito elevado e máximo, através das suas valências de Protecção da Natureza e do Ambiente, Protecção e Socorro, Territorial e Investigação Criminal, com o objectivo de dissuadir comportamentos negligentes e detectar precocemente situações suspeitas.
O que fazer para prevenir incêndios?
A GNR apela, uma vez mais, ao sentido de responsabilidade da população, salientando a importância de evitar acções que possam desencadear incêndios, como fumar, fazer lume ou fogueiras, fazer queimas ou queimadas, lançar foguetes e balões de mecha acesa.
Apela ainda para que se evite “fumigar ou desinfestar apiários, salvo se os fumigadores estiverem equipados com dispositivos de retenção de faúlhas”, circular com tractores, máquinas e veículos de transporte pesados que não possuam extintor, sistema de retenção de faúlhas ou faíscas e tapa chamas nos tubos de escape ou chaminés.
A título preventivo, a GNR recomenda ainda à população para que acompanhe os avisos meteorológicos e os níveis de risco de incêndio através dos canais oficiais, “informe imediatamente as autoridades (112) em caso de fumo ou fogo” e evite deslocações desnecessárias a zonas florestais nos dias de maior risco.
“A protecção da floresta e das populações é uma responsabilidade de todos. A actuação preventiva de cada cidadão é essencial para evitar tragédias e preservar o nosso património natural”, adverte.