O Brasil possui muitos referenciais de qualidade de vida de sua população que requerem enfrentamento urgente. Mas um dos mais assustadores sem dúvida é o que está associado aos indicadores de leitura, um termômetro, em qualquer sociedade, a apontar as perspectivas de evolução no saber (isto é, na capacidade de, justamente, resolver seus problemas, ponto focal do início deste texto) e da autonomia individual (e coletiva). Em outras palavras: de tudo que se compreende como competência e preparo para cuidar de si, dos próximos e das demandas comuns.

Pois o brasileiro, no que diz respeito a leitura, revela uma quase indigência. É estarrecedor que um país seja a décima economia do mundo (Austin Rating, 2024), mas não conste dos 50 primeiros entre os que possuem uma população leitora. É algo como entregar uma máquina potente (uma nação com valiosos recursos naturais e atividade produtiva dinâmica) na mão de condutor desqualificado para conduzi-la (esse seria o brasileiro, a se orientar pelo tanto que cuida de seu intelecto e de seus conhecimentos gerais).

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Sendo mais direto: 73% dos brasileiros (três em cada quatro pessoas!) não completaram nenhuma leitura ao longo de sua vida. Mais da metade, 52%, leram quando muito parte de alguma obra. Ou seja, o País é quase um caso perdido em cultura geral.

Bem, Santa Cruz do Sul tem diante de si oportunidade única, valiosa, de mudar esse cenário em âmbito local. Os livros estão à vista (e ao alcance da mão) de todos os que circulam pela Praça Getúlio Vargas, até domingo, dia 10. É um evento do qual a Gazeta, por meio de todas as suas plataformas, fará ampla cobertura diária, com diversos profissionais (como, aliás, já evidencia esta edição).

A 35ª Feira do Livro e a 1ª Festa Literária Internacional são convite irrecusável a partilhar do conhecimento e da capacidade de melhorar o mundo em que vivemos. Que cada leitor que chegou até a esta altura deste texto se sinta convidado a dar passadinha por lá, ao menos em um dos dias do evento (se possível, em todos), para manusear livros e acompanhar a programação, toda gratuita, de amplo e livre acesso.

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E lançamos aqui um desafio: que cada cidadão que for até a praça adquira ao menos um livro (se possível, que compre vários, pois estão a valores muito convidativos). Se assim o fizer, terá contribuído na força-tarefa para aumentarmos os índices de educação e esclarecimento de nosso povo. Livro comprado e levado para casa é livro que estará à disposição de todos naquele lar (e que, assim, inclusive terá mais direito de ser chamado de: lar).

Fica mais um convite: se alguém pretende aceitar o desafio de ir à feira e adquirir livros, pode compartilhar conosco qual (quais) obra(s) adquiriu, no WhatsApp do Portal Gaz, 51 99666 7147. Teremos muito prazer em deixar como dica para os demais leitores, se assim formos autorizados. É a corrente do bem em favor da iluminação de mentes. Bom fíndi e ótima Feira do Livro!

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