Tyler Robinson, o jovem norte-americano acusado de ter matado o influencer conservador Charlie Kirk, vai poder aparecer em tribunal utilizando roupas civis, anunciou esta segunda-feira um juiz do Utah. A decisão surge em resposta à exposição mediática “extraordinária” que tem sido dada ao caso, elaborou o juiz Tony Graf, citado pela Associated Press.

Na primeira vez que apareceu em tribunal — ainda que de forma remota — Robinson utilizava um colete verde que impede a automutilação, semelhante a um colete à prova de bala. Esta semana, em nova audiência, o ecrã da videochamada permaneceu negro, tendo Robinson confirmado apenas a sua presença.

A confissão ao pai e a denúncia às autoridades. As 33 horas da caça ao homem do FBI que levaram à detenção de Tyler Robinson

As primeiras idas presenciais a tribunal estão marcadas para os dias 16 e 30 de janeiro. Contudo, a sua equipa de defesa argumentou que reaparecer em tribunal algemado e, desta vez, com os habituais uniformes cor-de-laranja da prisão poderia influenciar a perceção dos futuros jurados sobre o réu.

O magistrado acedeu ao segundo pedido, mas não ao primeiro: Tyler Robinson será presente a tribunal em roupas civis, mas algemado. “O direito à presunção da inocência do sr. Robinson sobrepõe-se à inconveniência mínima de [utilizar] vestuário civil e o sr. Robinson estará vestido como alguém que é presumido inocente”, justificou o juiz, citado pela NBC.

Porém, Graff também considerou que as acusações contra Robinson são “extraordinariamente sérias” e que o caso é particularmente emocional, pelo que existe um risco de ocorrerem perturbações durante as audiências. Por esse motivo, o réu deve estar algemado.

Tyler Robinson é acusado de sete crimes pela morte de Charlie Kirk: homicídio qualificado, uso indevido de arma de fogo, obstrução à justiça, por ter escondido a arma, obstrução à justiça, por ter escondido a roupa utilizada, adulteração de testemunho, por ter pedido a um colega de casa para apagar mensagens, adulteração de testemunho, por ter pedido a um colega de casa para não falar e crime na presença de crianças. Os procuradores pediram a pena de morte para o jovem de 22 anos.

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