Otto foi um verdadeiro precursor da sustentabilidade — palavra inexistente na época —, que soube desenvolver graças a uma abordagem holística que integrava sociologia, urbanismo e engenharia. A arquitetura se tornou para ele uma arte transversal, tendo a tensão como elemento-chave para dar forma às suas abóbadas em treliça, estruturas pneumáticas e redes de cabos. Graças a seu sócio Peter Stromeyer, desenvolveu a tenda para a Exposição de Jardinagem Federal em Colônia, um elemento inovador que consolidou sua iconografia de estruturas tensionadas na Alemanha — cujo auge chegou com o pavilhão alemão para a Exposição Universal de 1967 e com a cobertura do Estádio Olímpico da Expo de Munique de 1972. De seu ateliê em Berlim e, posteriormente, em Stuttgart, Otto transformou a maneira de projetar grandes espaços a partir da observação atenta — quase meditativa — dos fenômenos físicos.