Até perto das cinco da tarde, registaram-se 400 ocorrências na Região de Lisboa, Setubal e Lezíria do Tejo. De acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, a Grande Lisboa é a região mais afetada com 259 ocorrências relacionadas com inundações. Há estradas cortadas, árvores caídas e estruturas derrubadas.


O túnel do campo Pequeno na cidade de Lisboa chegou a estar encerrado.


As regiões de Setúbal, Lezíria e Lisboa estão sob aviso laranja até amanhã as 19h00.


A ANEPC registou, até às 16:00, 138 ocorrências na região de Lisboa devido ao mau tempo, a maioria inundações e queda de árvores, disse à agência Lusa o comandante Paulo Santos.


Em declarações à Lusa, pelas 16:30, Paulo Santos ressalvou que este balanço não inclui a cidade de Lisboa.


Segundo o comandante da ANEPC, acrescem ainda 15 ocorrências relevantes na região da Lezíria do Tejo e 11 no Médio Tejo.


As ocorrências mais relevantes dizem respeito a inundações, quedas de árvores e de estruturas.


Todos os distritos estão hoje em aviso amarelo, o menos grave dos três níveis, igualmente devido à chuva, na sua maioria entre as 06:00 e a meia-noite, segundo indicou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).


Nas regiões montanhosas e na costa sul do arquipélago da Madeira, a acompanhar a chuva, prevê-se vento forte, entre 09:00 e as 18:00, cujas rajadas podem atingir os 100 quilómetros por hora.


Por seu turno, a Proteção Civil alertou hoje para a possibilidade de inundações em zonas urbanas e cheias nos próximos dias devido às previsões de chuva e vento forte, pedindo à população que adote medidas preventivas.


Num aviso à população, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) dá conta que a previsão meteorológica para os próximos dias aponta para “precipitação por vezes forte”, acompanhada por trovoadas, e para o “aumento da intensidade do vento no litoral e nas terras altas, com condições favoráveis à ocorrência de fenómenos extremos de vento, em especial na região Sul”.


Face a estas previsões, a Proteção Civil avisa para a ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento ou por galgamento costeiro, assim como para cheias, devido ao transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras.


A ANEPC alerta também para a instabilidade de vertentes, conduzindo a deslizamentos, derrocadas e outros motivados pela infiltração da água (fenómeno que pode ser potenciado pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais do Verão), para o piso rodoviário escorregadio devido à possível formação de lençóis de água, assim como para o arrastamento para as vias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis devido ao vento forte.


c/ Lusa