Taylor Swift não apenas canta: ela gere um portfólio. Transformou uma disputa contratual em um dos movimentos mais bem-sucedidos da indústria da música. Ao regravar seus álbuns antigos e batizá-los de Taylor’s Version, provou que o poder do IP — a propriedade intelectual — vai muito além do registro autoral.
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Wicked também não é só um musical: é um ecossistema de fantasia, nostalgia e merchandising. Uma fandom poderosa que vai ao teatro com o rosto pintado de verde e levanta da cadeira para cantar, duas décadas depois de a peça ter estreado na Broadway.
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E o Pica-Pau Amarelo?
Não é apenas literatura infantil. É o maior universo ficcional brasileiro — atravessa gerações e se reinventa em cada formato: livro, videoclipe, podcast, série, animação, licenciamento.
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Essas histórias têm algo em comum: elas não envelhecem — apenas trocam de roupa. Além de reforçarem a narrativa, o controle criativo e a conexão com a audiência, Taylor Swift , Wicked e Pica-Pau simbolizam uma mudança estrutural na indústria do entretenimento: a transformação do conteúdo em ativo.
O IP virou a moeda mais valiosa da cultura — porque cria lealdade, produz receita recorrente e atravessa gerações.
O valor invisível das histórias
Na era do streaming e da saturação de telas, quem domina o IP domina a conversa. Empresas que compreendem isso tratam conteúdo como investimento, não despesa. Constroem estratégias de longo prazo em torno de seus personagens, músicas e produtos — assim como a Disney fez com cada nova princesa do seu catálogo.
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Porque no fim, a boa história não morre — ela renasce. IP é isso: a alma que sobrevive ao formato. Em um mundo de dados, algoritmos e lançamentos diários, o IP é o elo que ainda liga arte e negócio. E talvez o Brasil, dono de um imaginário riquíssimo, só precise olhar para o próprio passado para descobrir seu próximo tesouro cultural.
Carol Gazal – Jornalista e executiva de mídia. Foi uma das responsáveis pela transformação digital do SBT, e escreve sobre como tecnologia, cultura e inovação estão transformando o jeito de contar boas histórias.
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