Indústria automóvel e siderúrgica assim como a farmacêutica são os sectores mais afetados tanto nos EUA como na Europa.

As tarifas de 15% impostas pelos EUA a todos os produtos provenientes da Europa já estão a repercutir-se em gigantes como a General Motors, Stellantis e Apple, de acordo com uma análise que é possível ler este sábado no espanhol “El País”.

Assim, as previsões das grandes cotadas dos dois lados do Atlântico já antecipam aquele que poderá um rombo significativo na faturação, tendo em conta a imposição de tarifas na ordem dos 15% relativamente a produtos europeus.

Fora das previsões das multinacionais está aquele que é o peso efetivo das perdas de faturação que já se manifestam nas contas destas grandes empresas. Segundo contas do “El País”, esse rombo nos lucros já atinge dez mil milhões de euros, com tendência para se agravar.

O acordo comercial fixa em 15% as tarifas aduaneiras norte-americanas sobre os produtos europeus, prevendo também o compromisso da UE sobre a compra de energia norte-americana no valor de 750 mil milhões de dólares (cerca de 642 mil milhões de euros), o investimento de 600 mil milhões adicionais (514 mil milhões de euros) e um aumento das aquisições de material militar.

Foi possível alcançar uma tarifa única de 15% sobre a maioria dos bens da UE exportados para os Estados Unidos, em vez dos 30% ameaçados por Donald Trump, isentando setores estratégicos como semicondutores, componentes aeroespaciais e certos produtos farmacêuticos.