Herói na mais recente vitória do FC Porto na Liga, frente ao Moreirense (2-1), Deniz Gül concedeu uma entrevista à revista Dragões em que explica o que mudou no plantel, desde a época passada, e recorda o puxão de camisola de António Silva no Clássico frente ao Benfica (0-0): «Toda a gente viu…»

Com dois golos apontados em nove jogos, o internacional turco já igualou o registo da temporada transata, uma melhoria que atribui ao elevar dos índices de confiança, os seus e os dos restantes companheiros de equipa.

«Na época passada, faltou confiança a toda a equipa e é muito difícil jogar sem ela. Comecei muito bem, mas depois as coisas não correram como queria. Mas aprendi muito», salientou Gül, que nasceu em Estocolmo, há 21 anos, mas é internacional pela Turquia, cumprindo assim «um sonho de criança».

Garantindo que «queria muito jogar no FC Porto» desde que o clube manifestou interesse em contratá-lo, na época passada, o avançado define-se como «um jogador que quer fazer sofrer o adversário, marcar sempre e jogar mais minutos».

Elegendo Zlatan Ibrahimovic como a sua principal referência no futebol, Deniz Gül nota ainda que tem aprendido com a convivência com Samu e Luuk de Jong no plantel portista. «Nunca perdi motivação, tento sempre dar o meu melhor. Tenho aprendido algumas coisas com ele», referindo-se, aqui, ao internacional neerlandês.

Desportivamente, a época está a ser positiva, individual e coletivamente. «Aprendemos muito (com a temporada anterior). Crescemos como jogadores e pessoas. Às vezes, é positivo passar por momentos difíceis na carreira para aprendermos a superar as adversidades. A partir daí é sempre a crescer», explica.

Os golos que apontou levaram a que se voltasse a ouvir a música que os adeptos lhe dedicam desde que aterrou na Invicta. «Tenho um apreço especial pelos adeptos por causa dela», admite Gül.

No último Clássico frente ao Benfica, no Dragão, o avançado foi protagonista de um dos lances mais polémicos do jogo, perto do minuto 90, quando foi agarrado por António Silva no interior da área encarnada. «Toda a gente viu como ele puxou a minha camisola e percebeu que ficou um penálti por assinalar. Não devia ser necessário fazer mais barulho, acho que ficou claro», sente.

Outro dos episódios marcantes do início da época do FC Porto aconteceu, ainda em agosto, com a morte de Jorge Costa, glória do clube e, à data, diretor para o futebol dos azuis e brancos. «Foi um dia muito triste para todos os portistas e para o país. Foram tempos difíceis e ainda sentimos a presença dele no nosso meio. Vamos lutar por ele e queremos dedicar-lhe títulos», recordou Deniz Gül.