Fernando Alonso criticou duramente a atuação dos comissários da FIA após o início caótico do Grande Prémio do México, acusando-os de “olharem para o lado” perante vários pilotos que cortaram as curvas 2 e 3 do circuito. O piloto espanhol, que acabaria por abandonar a corrida no Autódromo Hermanos Rodríguez, afirmou que alguns concorrentes ganharam posições de forma injusta ao sair dos limites da pista logo na primeira volta.
De acordo com Alonso, pilotos como Charles Leclerc, Max Verstappen, Andrea Kimi Antonelli, Carlos Sainz e Liam Lawson saíram da pista e regressaram à corrida vários lugares à frente de quem manteve a trajetória correta. O espanhol destacou que este tipo de situações se tem repetido e que a falta de penalizações transmite uma sensação de desigualdade competitiva.
O bicampeão referiu que compreende a necessidade de manobras de evasão para evitar contactos, mas sublinhou que não se pode “cortar a pista a fundo e ganhar duas ou três posições” sem as devolver. Alonso mostrou ironia ao afirmar que, numa próxima ocasião semelhante, tentará ser ele quem tira partido da permissividade dos comissários.
“Ganhámos algumas posições, fomos agressivos na Curva 1 e tudo parecia bem. Mas alguns carros foram em frente nas Curvas 2 e 3 e regressaram três ou quatro posições à minha frente. É um pouco injusto. É a segunda corrida seguida em que, na primeira volta, a FIA olha para o outro lado. Lição aprendida”, afirmou Alonso à F1 TV.
“É permitido cortar quando não se consegue passar pela pista, para evitar toques, mas não se pode fazê-lo a fundo e ganhar posições. Normalmente, teriam de as devolver. A FIA entendeu que não era necessário, e tentaremos aproveitar se acontecer de novo.”