“No nosso entender, alguém devia ter a gentileza de transmitir à senhora ministra da Saúde que não tem condições, perdeu a autoridade política”, afirmou José Luís Carneiro, numa conferência de imprensa na sede do Partido Socialista.
O secretário-geral do PS considerou que é o primeiro-ministro que deve ter esse “diálogo” e essa “gentileza”, por ser o “primeiro e último responsável do Governo”.

“É por isso que nós temos sublinhado que, por vezes, nos dá a impressão de que o Governo e o primeiro-ministro ao colocar na agenda política determinado tipo de temas (…), mais não está a fazer do que a procurar distrair as atenções do que é vital à vida das pessoas”, continuou o líder socialista, recordando que Serviço Nacional de Saúde é um dos “mais importantes edifícios de solidariedade humana”.
Para Carneiro, “é inconcebível que as grávidas” andem de “terra em terra para poder dar à luz” e os “números estão acima” do que se registava em anos anteriores.
“Quase que se entrou numa nova normalidade. Não é uma normalidade”, frisou.
O PS, por isso, não se podia “calar”: “temos de mostrar a nossa profunda indignação e o combate político que daremos em todas as regiões deste país, para defender que o Estado e o Governo assuma a prioridade do investimento naquela que é a área prioritária na vida dos portugueses”.