O lendário vocalista Ozzy Osbourne sempre foi conhecido por valorizar a intensidade e o instinto acima da técnica impecável. Mesmo cercado por músicos virtuosos ao longo de sua carreira solo e com o Black Sabbath, o “Madman” nunca escondeu que preferia guitarristas movidos pela emoção e pela crueza – o tipo de energia que, segundo ele, tornava a música viva e imprevisível.

Em entrevista à Guitar World, publicada em 1990, Ozzy explicou que sempre buscou instrumentistas “famintos”, aqueles dispostos a tocar com garra e ousadia. “Eu quero alguém que esteja com fome”, disse. “Alguém que queira sair e chutar o traseiro do Eddie Van Halen. Eu procuro essa fome, essa vontade de vencer.”

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Por essa razão, dois dos maiores guitarristas do rock e do metal não despertaram nele o mesmo entusiasmo. Ozzy confessou que, embora reconhecesse o talento de Yngwie Malmsteen e Steve Vai, não conseguia sentir emoção ao ouvi-los tocar. “Esse cara, o Yngwie Malmsteen, deve ter a capacidade de fazer coisas incríveis, mas é frio demais; é muita informação para a mente absorver”, afirmou.

Ozzy Osbourne e Steve Vai

Sobre Steve Vai, o vocalista foi ainda mais direto na metáfora: “Assistir ao Steve Vai é como ver um bom mecânico desmontar um motor em três segundos e montá-lo de novo. Ele faz tudo funcionar perfeitamente, mas não tem aqueles errinhos agradáveis que fazem a música soar humana.”

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A fala sintetiza bem o critério que sempre guiou Ozzy na escolha de seus parceiros de palco: a autenticidade. Para ele, o segredo de uma grande performance estava nas imperfeições, nas falhas que tornavam o som imprevisível – exatamente o que o encantou em guitarristas como Randy Rhoads, com quem gravou os clássicos “Blizzard of Ozz” e “Diary of a Madman”.

Rhoads, que morreu tragicamente aos 25 anos, representava o tipo de músico que Ozzy mais admirava: genial, apaixonado e inovador. Como lembrou Kathy Rhoads, irmã do guitarrista, em entrevista à Guitar Player, o cantor via Randy como “alguém que veio a este planeta e explodiu como uma estrela cadente”.

No fim das contas, para Ozzy Osbourne, a música nunca foi sobre perfeição técnica – mas sobre personalidade. “É como um cabide cheio de ternos: todos podem parecer bons, mas só um te chama atenção”, resumiu. “E esse é o que tem alma.”

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