“A Rússia lançou mais uma vez um ataque em massa com mísseis e drones contra a infraestrutura energética ucraniana”, denunciou a ministra da Energia da Ucrânia, através das redes sociais.

Horas antes, a empresa estatal de energia Ukrenergo já tinha anunciado que havia cortes de energia na maior parte das regiões do país. A meio da manhã, a instituição procedeu ao racionamento de energia para reestabelecer o equilíbrio entre a produção e o consumo da rede.

A fornecedora de energia DTEK confirmou, em comunicado, que muitos equipamentos nas centrais termoelétricas de diversas regiões da Ucrânia “sofreram danos graves”, naquele que referiu como o “terceiro ataque maciço” desde o início do mês. A DTEK opera cinco centrais térmicas na Ucrânia e outras três em território ocupado pela Rússia, tendo uma sido destruída completamente pelos bombardeamentos.

Segundo as autoridades ucranianas, 15 pessoas ficaram feriadas na cidade de Zaporizhzhia.

“Entre os feridos estão seis crianças – três meninas e três meninos. As crianças têm entre três e seis anos de idade”, afirmou no Telegram o chefe da Administração Militar Regional, Ivan Fedorov.

O ataque russo teve como alvo várias regiões e também em Vinnytsia e em Kiev se registaram feridos.
Forças russas avançam em Pokrovsk




Entretanto, as tropas ucranianas dizem ter repelido, nas últimas 24 horas, 55 ataques russos na frente de Pokrovsk, uma cidade na região de Donetsk, onde ocorrem combates entre soldados de ambos os lados.

De acordo com as últimas informações publicadas pela plataforma ucraniana de acompanhamento da guerra DeepState, o exército russo continua a tentar ultrapassar as defesas ucranianas infiltrando na cidade grupos de cinco a dez homens.

Segundo deu a entender na quarta-feira o presidente russo, as forças ucranianas estariam cercadas e o Vladimir Putin teria pedido a Kiev que ordenasse aos seus soldados que se rendessem, como aconteceu no primeiro ano da guerra, quando a Ucrânia perdeu completamente a cidade de Mariupol. A Ucrânia reagiu com um comunicado do Exército negando que as suas tropas estejam cercadas em Kupiansk.

Na quarta-feira à noite, Volodymyr Zelensky confirmou que a situação mais difícil para a Ucrânia na frente está neste momento em Pokrovsk, uma cidade que antes da guerra tinha cerca de 60.000 habitantes, e onde a Rússia concentra agora o maior número de efetivos.



“Os ocupantes tentam consolidar posições por todos os meios, e cada invasor eliminado lá é uma conquista para o nosso país”
, afimou o presidente ucraniano, acrescentando também, sem dar muitos detalhes, a “situação em Kúpiansk continua difícil, mas as nossas tropas aumentaram o controlo (da cidade) nos últimos dias”.




“Continuamos a defender as nossas posições”
, assegurou Zelensky.


Por outro lado, o Ministério russo da Defesa indicou que abateu 170 drones ucranianos na última noite, incluindo na região de Moscovo.


c/ agências