Uma auditoria da Inspecção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) terá concluído que há 29 professores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa em incumprimento, por terem violado o regime de exclusividade. Como consequência, terão agora de devolver os milhares de euros pagos a mais durante os últimos cinco anos, noticia o semanário Nascer do Sol esta sexta-feira.
Entre os visados pelo relatório da auditoria da IGEC está Elvira Fortunato, antiga ministra da Ciência no último Governo do Partido Socialista, e o marido, Rodrigo Martins, coordenador do Centro de Investigação de Materiais (Cenimat). Também Virgílio Machado, antigo director da faculdade, é mencionado no processo. O problema identificado pela IGEC serão pagamentos feitos pelo Instituto de Desenvolvimento de Novas Tecnologias (Uninova), uma entidade detida a 80% pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Desde 2006 que a faculdade e a Uninova terão um protocolo assinado sobre estas transferências de valores, referentes a horas de trabalho no âmbito de projectos europeus.
“Agimos todos de boa-fé. Fomos apanhados de surpresa porque parece que, afinal, esse protocolo tinha problemas, mas nós não sabíamos. Foi uma coisa tratada ao nível da direcção da faculdade com a direcção da Uninova”, respondeu Elvira Fortunato em declarações ao Nascer do Sol.