A relação entre Lewis Hamilton e a Ferrari poderá estar mais frágil do que se imaginava. De acordo com informações avançadas pela ESPN, várias figuras do paddock da Fórmula 1 acreditam que o piloto britânico não receberá uma proposta de renovação de contrato quando o seu acordo terminar, no final de 2026. Apesar de se tratarem apenas de rumores, a ideia reflete o ambiente de crescente pressão em torno da Scuderia e o desfasamento entre as expectativas e os resultados obtidos nesta primeira temporada de Hamilton em Maranello.
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Um sonho que rapidamente se tornou em pesadelo
Hamilton assinou com a Ferrari um contrato de dois anos, avaliado em cerca de 70 milhões de dólares anuais, com o objetivo de liderar o renascimento competitivo da equipa sob o comando de Frédéric Vasseur. No entanto, o início da parceria tem sido marcado por resultados aquém do esperado, alguma tensão interna e muita desilusão.
Fontes citadas pela ESPN admitem que “algo não está a funcionar” na relação entre o heptacampeão e a estrutura italiana, apesar de o seu ritmo em pista não estar tão distante do de Charles Leclerc como alguns críticos sugerem. Ainda assim, a dinâmica interna e os resultados têm alimentado dúvidas sobre a continuidade de Hamilton além de 2026.
O britânico, por seu lado, tem reiterado que o seu foco está em 2026 — ano em que entrarão em vigor os novos regulamentos técnicos da Fórmula 1 —, esperando que essa nova era permita à Ferrari dar o salto competitivo que tarda em concretizar-se. A equipa, por sua vez, espera um desempenho mais sólido e uma liderança à altura da reputação do seu novo piloto.
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Uma época que pode ficar para a história
Lewis Hamilton corre o risco de terminar a época atual sem subir ao pódio pela primeira vez na sua carreira na Fórmula 1, quebrando um recorde de 18 temporadas consecutivas com presenças no pódio — um feito sem paralelo na história da modalidade.
Com apenas quatro corridas por disputar e o quarto lugar como melhor resultado até agora (em Imola, Áustria, Silverstone e Austin), o britânico enfrenta uma reta final difícil. Apesar de nos últimos anos ter conseguido vários pódios mesmo com carros instáveis da Mercedes — nove em 2022, seis em 2023 e cinco em 2024 —, o seu rendimento com a Ferrari tem ficado aquém das expectativas, sobretudo tendo em conta que o colega de equipa, Charles Leclerc, já soma sete pódios.
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Se confirmada, a saída de Hamilton após 2026 marcaria mais um capítulo de instabilidade para a Ferrari e reforçaria a perceção de que o tão aguardado “renascimento” da Scuderia continua adiado. Por enquanto, ambos os lados procuram manter o discurso de confiança, mas o tempo — e os resultados — ditarão se esta parceria histórica foi um ponto de viragem ou apenas uma promessa falhada.