Tim Cook, presidente executivo da Apple, assegurou esta semana que a empresa está disponível para novas aquisições e parcerias na área da inteligência artificial (IA). As declarações foram feitas durante a apresentação dos resultados financeiros do quarto trimestre de 2025, um momento em que o executivo voltou a reforçar a importância da inteligência artificial no futuro da marca.
Cook explicou que a Apple continua a “vigiar o mercado” e está “aberta a prosseguir aquisições se isso ajudar a avançar a nossa estratégia”. Segundo a informação divulgada, a empresa tem vindo a adoptar uma abordagem tripartida para o desenvolvimento de inteligência artificial personalizada, combinando modelos próprios com colaborações externas e possíveis compras de startups especializadas.
Siri com IA chega em 2026
Durante a mesma conferência, o CEO aproveitou para actualizar o calendário de lançamento da nova versão da Siri, que será alimentada por modelos de IA generativa. O lançamento está previsto para 2026. “Estamos a fazer bons progressos e esperamos lançá-la no próximo ano”, afirmou Cook, sublinhando que a assistente virtual será um dos pilares da nova estratégia de “Apple Intelligence”.
Esta tecnologia combina processamento local, directamente nos dispositivos, com um sistema de computação na nuvem chamado private cloud compute, desenhado para manter os dados dos utilizadores protegidos. Parte da infra-estrutura necessária está já a ser montada em Houston, nos Estados Unidos, onde começaram recentemente a ser instalados os servidores que irão suportar os novos serviços inteligentes da marca.
Parcerias a caminho
Cook também adiantou, em entrevista à CNBC antes da divulgação dos resultados, que a Apple vai anunciar mais parcerias semelhantes à que estabeleceu com a OpenAI, responsável pela integração do ChatGPT no ecossistema Apple. “A nossa intenção é integrar-nos com mais parceiros ao longo do tempo”, disse o executivo.
O responsável acredita que a inteligência artificial começa a influenciar as decisões de compra dos consumidores, especialmente no mercado dos smartphones. “O Apple Intelligence já é um factor, e acreditamos que será cada vez mais relevante”, concluiu.