O Tribunal de Recurso de Paris vai analisar dentro de semana e meia, a 10 de novembro, o pedido de libertação de Nicolas Sarkozy, condenado em primeira instância pelo caso do financiamento líbio, segundo informações obtidas pela BFMTV.
O pedido foi apresentado pelos advogados do antigo presidente francês no dia da sua entrada na prisão de La Santé, em Paris, a 21 de outubro. Nicolas Sarkozy encontra-se a cumprir pena de cinco anos por associação criminosa no caso do financiamento da Líbia à sua campanha presidencial.
Ausência de critérios para a prisão preventiva
De acordo com o Le Figaro, os seus advogados deverão invocar durante a audiência com os juízes o artigo 144.º do Código de Processo Penal francês, alegando a ausência de critérios para a prisão preventiva.
“A partir do momento em que ele entrou em detenção, os critérios que
justificam essa detenção não se aplicam”, declarou o advogado Christophe
Ingrain, segundo a BFMTV. “Exceto a vontade de mantê-lo detido a todo o
custo, juridicamente não há critérios que justifiquem a sua manutenção
em detenção”, acrescentou. “O que
esperamos é que o Tribunal de Recurso restaure a justiça francesa com a
dignidade que ela merece”, afirmou Jean-Michel Darrois, também advogado da equipa de defesa, e que considera a detenção “uma vergonha”.
A decisão do Tribunal de Recurso será proferida no mesmo dia. Caso a justiça aceite libertá-lo, Nicolas Sarkozy poderá sair na mesma noite ou no dia seguinte.