Sabia que há um detalhe sobre ‘Guerreiras do K-Pop‘ que poderia não ter feito parte da história? Acontece que um dos elementos principais do filme não estava nos planos iniciais da animação, mas, ao ser adicionado, se tornou um dos fatores do sucesso que tornou o filme o conteúdo mais visto da Netflix de todos os tempos.

“Quando não estão lotando estádios, as estrelas do K-pop Rumi, Mira e Zoey usam seus poderes secretos para proteger os fãs contra ameaças sobrenaturais”, diz a sinopse.

O elemento que poderia não ter existido em ‘Guerreiras do K-Pop’

Acontece que a animação começou sem o K-pop! O elemento que tornou a história um musical só foi incluído depois, já que a ideia original de Maggie Kang, a criadora de toda a narrativa, era trazer uma trama de caça aos demônios mais no estilo de Buffy Summers, da série “Buffy, a Caça-Vampiros”.

Para os que não viram, a produção seriada é um drama sobrenatural que combina ação, comédia, drama e terror, enquanto acompanha Buffy, adolescente que enquanto tenta levar uma vida comum como estudante, também precisa proteger o mundo, já que ela faz parte de uma longa linhagem de guerreiras escolhidas para caçar figuras sobrenaturais.

Imagem promocional de 'Buffy, a Caça-Vampiros'Imagem promocional de ‘Buffy, a Caça-Vampiros’ -Reprodução/Warner Bros

Dessa forma, a ideia de Maggie era trazer representatividade para a cultura coreana enquanto explorava o trio de protagonistas, Rumi, Mira, e Zoey caçando demônios, incluindo assim elementos do folclore do país, como o xamanismo coreano, onde rituais com música, dança e objetos sagrados conectam e protegem os humanos com o mundo espiritual.

No entanto, Kang, que também dirige a produção ao lado de Chris Appelhans, depois pensou em inserir mais um elemento cultural: o K-pop, o qual ela revela que “veio por último” dentre as ideias para a trama, mas que foi pensado já que ainda persistia nela o sentimento de que “faltava algo” para completar a premissa.

“[O K-pop] era mais um elemento coreano que eu podia adicionar e usar como sua persona pública”, explicou ela ao Mashable em julho de 2025. “Isso tornou o projeto um ótimo ponto de partida, deu-lhe um ar de espetáculo, trouxe escala e, obviamente, o transformou em um musical”, concluiu.

A decisão foi mais que acertada. Isso porque, a trilha sonora tem trazido feitos impressionantes para animação, veja 3 deles:

  • O álbum “K-Pop Demon Hunter”s (Soundtrack from the Netflix Film) ultrapassou a marca de 3 bilhões de streams;
  • O hit “Golden” ocupou o primeiro lugar no Top 100 da Billboard por oito semanas consecutivas;
  • “Golden”, “How It’s Done” e What Sounds Like” do HUNTR/X; e “Soda Pop” e “Your Idol” do Saja Boys receberam discos de platina pela Recording Industry Association of America (RIAA).

Além disso, o sucesso musical tem levado o HUNTR/X para novos horizontes com EJAE, Audrey Nuna e Rei Ami — que dão voz e vida a Rumi, Mira e Zoey nos poderosos números musicais do filme — performando as faixas da animação nos palcos da vida real, sendo incluídas inclusive no line-up da turnê anual de Natal ‘Jingle Ball’, organizada pela iHeartRadio, proprietária da KIIS-FM.

Lançado em 23 de agosto de 2025, ‘Guerreiras do K-Pop’ está disponível para streaming na Netflix. O filme também está em cartaz nos cinemas nacionais para o Halloween com a versão “sing along”, que é exibida de 31 de outubro a 2 de novembro.


Izabela Queiroz

Izabela Queiroz, jornalista por paixão e cinéfila de carteirinha. Formada pela UNINOVE, encontrou na escrita o lugar ideal para unir tudo o que mais gosta: filmes, séries e música. Nos textos, há quase sempre referências a algo relacionado à cultura pop que a marcou. Fora deles, a encontrará assistindo histórias com reviravoltas chocantes, romances cativantes e dramas que a fazem chorar.