“Estão num momento muito bom, o melhor da época e com boa série de resultados, no campeonato e nas taças. Vamos ter de estar no nosso melhor”, referiu o técnico portista, antes de aprofundar a análise ao adversário da 10.ª jornada em que o F. C. Porto procura recuperar a liderança isolada do campeonato.

“O Braga mudou um pouco nas últimas semanas, tornou-se mais agressivo e acho que vão ser corajosos no Dragão. Hoje mostrei estatísticas defensivas aos jogadores e o Braga defende muito alto, agressiva nos duelos e acho que vão encarar o jogo desta forma. Vai ser um jogo cara a cara, com campo aberto, muitos duelos e situações de homem a homem”, detalhou, reconhecendo que vai ser necessário reajustar a postura da equipa.

O importante é fazer as coisas bem feitas, com furor, energia, determinação e paixão. Se não conseguirmos entrar na defesa à primeira temos de tentar à segunda. Com o Braga vai ser diferente, por causa do estilo e vamos ter de mudar o chip e voltar ao que éramos no início da época”, afirmou Farioli.

A propósito das dificuldades sentidas em Moreira de Cónegos, na vitória por 2-1, o treinador italiano reconheceu que perante adversários que jogam com bloco baixo é preciso mais paciência e convidou os comentadores a analisarem as partidas “de cabeça fria”.

“Se os adversários não sobem no terreno, não sobem. Estou curioso para saber quantos de vocês revem os jogos com a cabeça fria. Às vezes os comentários são feitos no calor do momento. Contra o Moreirense entrámos 36 vezes na área e eles seis, fizemos quase dez remates no alvo e eles um, com desvio que deu golo. Tentar destruir o jogo é mais fácil do que construir. Aconteceu em Moreira, em Nottingham: temos de ser mais pacientes e não atacar à maluca. Temos de nos ajustar e analisar as coisas de forma fria. Na última época, em Moreira de Cónegos, tínhamos menos 11 pontos, acho que estamos no bom caminho”, especificou.

Assumindo que Luuk de Jong não volta a competir antes da próxima paragem internacional, tal como o JN já avançou, Farioli abordou a escolha dos extremos para a equipa inicial: “A época é longa, vamos ter de mudar os alas e experimentar vários cenários. O Pepê joga em mais posições, o Borja é mais um extremo puro, o William pode jogar nos dois lados e ainda temos o Alarcón e o Karamoh. Vai sempre depender do jogo em causa”.