Os cinco suspeitos do roubo das joias no museu do Louvre, detidos na passada quarta-feira, foram este sábado presentes a tribunal. Uma mulher de 38 anos e um homem de 37 foram formalmente acusados, revelou a procuradora de Paris, Laure Beccuau, citada pela imprensa francesa. Os outros três foram libertados.

A mulher, residente em Seine-Saint-Denis, foi acusada de ser cúmplice do crime roubo agravado e ainda de ter conspirado com o objetivo de cometer um crime, pelo seu envolvimento no assalto, escreveu o jornal Le Monde. Já o homem, de 37 anos, foi acusado de roubo organizado e conspiração para cometer roubo. Já era “conhecido das autoridades judiciais, particularmente por furto”.

Até agora quatro pessoas foram acusadas no âmbito da investigação ao assalto ao museu do Louvre, em Paris, no dia 19 de outubro, em que foram roubadas joias com um valor estimado de 88 milhões de euros. Um outro homem detido na quarta-feira foi libertado sem qualquer acusação, relataram os seus advogados.

Cinco pessoas suspeitas de envolvimento no assalto ao Louvre foram detidas. Entre elas o terceiro suspeito de executar o roubo

As cinco pessoas que foram este sábado presentes a tribunal foram detidas na quarta-feira, no mesmo dia em que outros dois homens — que já tinham sido detidos nos dias a seguir ao assalto — foram formalmente acusados e colocados em prisão preventiva enquanto aguardam julgamento. No entanto, a procuradora parisiense Laure Beccuau detalhou que a detenção dos cinco suspeitos não foi feita com base nas declarações dos dois primeiros homens, mas “noutros elementos do caso”, como amostras de ADN, imagens de videovigilância e registos telefónicos.

Beccuau acrescentou que os novos suspeitos “podem providenciar novas informações sobre como os eventos decorreram”. Tal como já tinha sido avançado, as autoridades acreditam que um dos detidos na quarta-feira é uma das pessoas que protagnizou o assalto no dia 19 — que subiu no elevador monta-cargas, entrou nas galerias do Louvre, roubou as joias e fugiu de mota, em apenas sete minutos.

Apesar das novas acusações, as joias continuam desaparecidas. O gabinete de combate ao tráfico de bens culturais prossegue com a investigação em “vários mercados paralelos” e está a ser explorada a possibilidade de as joias “serem utilizadas para lavagem de dinheiro ou até tráfico no mundo criminoso”, detalhou a procuradora.

Atualizado às 18h15 com a informação de que um segundo suspeito foi formalmente acusado