Avanços nas técnicas para diagnóstico precoce da doença de Alzheimer
Investigadores da Universidade Médica de Dalian e dos Institutos Nacionais de Saúde, dos EUA, realizaram uma revisão intitulada “Progressos no diagnóstico precoce da doença de Alzheimer”. O estudo já foi publicado na revista Frontiers of Medicine, aponta a necessidade urgente de desenvolver novas técnicas de diagnóstico com maior sensibilidade e especificidade durante os estágios pré-clínicos da doença de Alzheimer.
A doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta tanto as funções cognitivas quanto as não cognitivas. A doença segue um espetro contínuo, começando com estágios pré-clínicos, progredindo para comprometimento cognitivo e comportamental leve e, por fim, leva à demência.
A deteção precoce da DA é crucial para um diagnóstico mais preciso e um tratamento mais eficaz. No entanto, os testes diagnósticos atuais para DA, que utilizam biomarcadores no líquido cefalorraquidiano e/ou exames de imagem cerebral, são invasivos ou dispendiosos e, na sua maioria, ainda não são capazes de detetar o estágio inicial da doença.
Para os investigadores, há uma necessidade urgente de desenvolver novas técnicas de diagnóstico com maior sensibilidade e especificidade durante os estágios pré-clínicos da DA.
É descrito que diversas manifestações não cognitivas, incluindo anormalidades comportamentais, distúrbios do sono, disfunções sensoriais e alterações físicas, têm sido observadas no estágio pré-clínico da DA antes da ocorrência de declínio cognitivo significativo.
Avanços recentes em investigação identificaram diversos biomarcadores em fluidos corporais como indicadores precoces da DA. O estudo de revisão concentrou-se nessas alterações não cognitivas e em biomarcadores recém-descobertos na DA, abordando especificamente os estágios pré-clínicos da doença.
Além disso, referem os investigadores, é importante explorar o potencial para o desenvolvimento de um sistema ou rede preditiva para prever o início e a progressão da doença de Alzheimer no estágio inicial.
As manifestações não cognitivas e os biomarcadores clínicos na fase pré-clínica da doença de Alzheimer. Credito: Higher Education Press
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