O candidato afirmou que se candidata com o objetivo de combater a extrema-direita e ser a voz da esquerda.
“Tenho muito orgulho de ser de esquerda”, vincou, considerando ainda que a sua candidatura “fazia falta”, já que “não surgiu uma candidatura extra partidária que agregasse as esquerdas”.
“Contrapeso democrático”
Jorge Pinto considerou que esta eleição será “particularmente importante”, até porque o país tem neste momento “”uma maioria parlamentar de mais de dois terços de direita e extrema-direita, ambos os governos regionais de direita, Lisboa, Porto e Braga também com presidências de direita”
“Precisamos de um Presidente da República que seja um contrapeso
democrático. Um Presidente da República que tenha a coragem e a clareza
de dizer o que fará caso o nosso regime e os alicerces do nosso regime
estejam sob ameaça”, frisou.
E prometeu que, perante qualquer “tentação” de “revisão drástica” da Constituição sem uma ampla discussão, Jorge Pinto chamaria os portugueses de volta às urnas para que tal discussão tivesse lugar.

O candidato apresentou-se também como “europeísta” e “ecologista” e espera que Portugal possa ter “voz” e liderar os esforços de transformação da União Europeia, mas também preparar o país no combate às alterações climáticas.
Candidato do Livre
Jorge Pinto, de 38 anos, disse ser do Portugal “semi-interior” e defendeu que é a diversidade do país que torna o país mais forte.
A decisão do Livre em apoiar o deputado Jorge Pinto foi aprovada na noite de sexta-feira na Assembleia do partido, órgão máximo entre congressos. Houve apenas uma abstenção.
Em comunicado, o Livre salientou que esta decisão foi tomada “após a consulta mais participada de sempre entre membros e apoiantes” do partido.
Mais de dois terços dos votantes manifestaram apoio à candidatura de Jorge Pinto, enquanto 17,6% preferiam António José Seguro.
(com Lusa)