Escrito en SAÚDE el 31/10/2025 · 15:58 hs

Um novo estudo realizado no Japão indica que consumir queijo ao menos uma vez por semana pode reduzir o risco de desenvolver demência — condição neurodegenerativa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, especialmente idosos.

A pesquisa, publicada na revista científica Nutrients, analisou dados de mais de 7.900 pessoas com 65 anos ou mais ao longo de três anos. Os resultados mostraram que apenas 3,4% dos participantes que consumiam queijo semanalmente desenvolveram demência, em comparação com 4,5% entre os que não tinham o hábito.

Os cientistas responsáveis apontam que o queijo contém vitamina K2 e probióticos, substâncias que podem proteger as células cerebrais por meio de efeitos anti-inflamatórios e metabólicos. Segundo os autores, o consumo moderado de queijo pode contribuir para a saúde cerebral, embora ressaltem que novas pesquisas são necessárias para determinar a quantidade e o tipo de queijo mais benéfico.

O queijo é um dos produtos mais antigos e consumidos no mundo 

O Japão é um dos países com maior número de pessoas com demência no mundo — eram cerca de 4,4 milhões de casos em 2022, segundo o Ministério da Saúde japonês. O envelhecimento populacional rápido tem levado o governo a investir em estudos e políticas públicas voltadas à prevenção da doença.

No Brasil, a situação também preocupa. Estima-se que existam 1,8 milhão de pessoas vivendo com demência, de acordo com dados da Alzheimer’s Disease International e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). As projeções indicam que esse número pode chegar a 5,7 milhões até 2050, acompanhando o envelhecimento acelerado da população brasileira.

Especialistas destacam que, embora o queijo possa ter papel protetor, o estilo de vida como um todo — incluindo alimentação equilibrada, prática de exercícios físicos e estímulos cognitivos — é fundamental para a prevenção da demência e para o envelhecimento saudável.

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