Cada vez mais distante das novelas, Glória Pires parece que sofreu muito enquanto gravava uma de suas novelas mais importantes para a carreira. A atriz de 62 anos, confessou que não se achava bonita durante a juventude e também mostrou desconforto ao garantir que seu trabalho tido como o mais importante foi uma época terrível, na definição dada por ela própria.

Em entrevista à Veja, a artista garantiu que completar 60 anos foi uma espécie de liberdade que ela não tinha. “Ao me desprender das pressões da juventude, me senti autorizada, sabe? Assumir o cabelo branco foi parte disso. Eu não me achava bonita, hoje me sinto mais confortável na minha pele e no meu corpo”, garante.

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Mesmo assim, Pires foi tida como uma das mulheres mais bonitas de sua geração e fez sucesso, inclusive pela intensa beleza, em papéis como Maria de Fátima, em Vale Tudo (1993) e as gêmeas Ruth e Raquel, no remake de Mulheres de Areia (1993).

“Há uma ideia errônea de que a juventude é a fase da alegria e da realização. Quando me perguntam para qual época eu gostaria de voltar, respondo: ‘Deus me livre voltar para o passado'”, garante a atriz, cujo último trabalho na Globo foi em Terra e Paixão (2023). Após a trama, ela não renovou seu contrato com a emissora e deixou o canal.

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“Eu digo que fazer 60 anos não foi difícil, pois, para mim, o mais difícil foi fazer 30. Eu estava no ar com Mulheres de Areia, uma novela que exigia muito de mim, com duas filhas pequenas, e foi quando perdi minha mãe. Uma época terrível”, garante.

Coincidência ou não, a atriz passou a ser tratada como um dos principais nomes da TV brasileira justamente após dar vida a Ruth e Raquel, as gêmeas que trocam de lugar e que, em alguns momentos, era impossível identificar de quem se tratava nas sequências. A produção foi reprisada recentemente no horário especial da Globo.

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“Hoje meus filhos estão criados, tenho um marido que não me dá trabalho, pelo contrário, me apoia muito. Prefiro o presente”, encerrou.