O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, considerou que a justificação apresentada pelo Governo não é suficiente e que o Governo deve explicar ao país porque foi considerou necessário abandonar alguns dos projetos previstos. 

Em declarações aos jornalistas durante a tomada de posse do presidente da Câmara da Póvoa de Lanhoso, em Braga, José Luís Carneiro mencionou em concreto os fundos previstos para a saúde e educação e considerou que foi uma “machadada na modernização” do Estado Social.

José Luís Carneiro afirmou que estas alterações vão cortar “mais de 40 milhões de euros na saúde” e “235 milhões na educação” e ainda “250 milhões de euros” em apoios sociais para cuidados domiciliários, continuados e cuidados paliativos. 


O secretário-geral do PS refere ainda que são também cortados “quase 300 milhões de euros nos transportes e na mobilidade”. 


“Isto é um erro grave pelo qual o Governo deve, no meu ponto de vista, responder aos portugueses. Deve explicar porque razão, com que fundamentos, é que entendeu desviar estes recursos”, exigiu. 

Para o secretário-geral do PS, o executivo deve também justificar “porque é que não houve capacidade” para executar estas verbas e ainda os motivos que levaram a decidir retirar recursos “a áreas vitais”.

 Na sexta-feira, o Governo português entregou à Comissão Europeia a revisão final do PRR. 


Na sexta-feira, o Governo submeteu a última revisão do PRR. Já este sábado, em comunicado, o
Ministério da Economia e Coesão Territorial explicava que
este era um passo fundamental para concluir o plano dentro do prazo.

Telejornal, 1 de novembro de 2025 


Em concreto, o Governo vai abdicar de 311 milhões de euros de obras que não considera concretizáveis até agosto de 2026, nomeadamente a expansão da linha vermelha do metro de Lisboa e a construção do Hospital de Lisboa Oriental. 


Há ainda redução de verbas para o Serviço Nacional de Saúde, para a Educação e para a Cultura.