Com Luís Freire, selecionador nacional de sub-21 a assistir, o Farense ganhou pela primeira vez no seu reduto, vencendo o Benfica B por 4-3, num jogo emotivo e em que os jovens encarnados tiveram uma vantagem de três golos até aos 65 minutos.

«No creo en brujas, pero que las hay, las hay», terá pensado o uruguaio Franco Romero depois de cabecear contra as costas de Cláudio Falcão, com a bola a ressaltar para Trevisan, que correu para fazer o 3 a 0 para o Benfica B. Estavam jogados 33 minutos e, certamente, os jogadores do Farense sentiam que o São Luís estava embruxado.

Essa conclusão provém de uma grande defesa de Diogo Ferreira a negar o golo a Romero logo aos 3 minutos, seguido aos 7’ de um cabeceamento de Dorregaray que o guardião dos encarnados desviou com a ponta dos dedos para a barra.

Contudo, essa entrada forte dos algarvios ruiu em oito minutos. Gonçalo Oliveira (25’) desviou de cabeça um canto de Prioste, Trevisan (29’) levantou os adeptos dos encarnados com um golo de elevada execução técnica quando recebeu de costas para a baliza e rodopiou para atirar colocado e o belga a fazer o terceiro de imediato, na tal jogada de azar farense descrita no início.

Porém, no banco dos algarvios Silas foi um autêntico feiticeiro ao lançar dois elementos que quebraram o feitiço e evitaram novo desaire no São Luís: Rui Costa e André Candeias.

Primeiro foi Franco Romero (63’) a encher o pé para marcar o primeiro do Farense e depois surgiram os toques de magia do treinador. André Candeias entrou aos 72′ e no minuto seguinte encurtou para 2-3, com Rui Costa, lançado aos 57’ a mergulhar aos 78’ entre os centrais para desviar um cruzamento de Menino e cabecear para o empate. O avançado ainda teve participação ativa na reviravolta quando cabeceou junto à relva para defesa de Diogo Ferreira, com Dorregaray (88′) a recargar e a explodir (e afastar as bruxas…) do São Luís.