“O risco de pobreza não afeta apenas pessoas que vivem em agregados familiares com baixo volume de trabalho ou pessoas sem emprego”, começa por descrever o relatório.

Em 2024, 8,2% das pessoas com 18 anos ou mais que declararam estar empregadas (por conta de outrem ou por conta própria) na UE estavam em risco de pobreza.

Entre os países da UE, a taxa mais elevada de pessoas com mais de 18 anos que trabalhavam e estavam em risco de pobreza era de 13,4% no Luxemburgo, seguido da Bulgária (11,8%) e da Espanha (11,2%).

Em contrapartida, as taxas mais baixa registaram-se na Finlândia (2,8%), na República Checa (3,6%) e na Bélgica (4,3%). 



O fenómeno afeta mais homens do que mulheres na UE (9,0% contra 7,3%). Em 22 países da comunidade europeia, a taxa de risco de pobreza entre trabalhadores foi maior para os homens do que para as mulheres, com a maior diferença entre os sexos a verifica-se na Roménia. Portugal não é exceção, com 10 por cento dos homens em risco de pobreza, em comparação com 8,3 por cento nas mulheres.

Em contraciclo com esta tendência está a Alemanha, onde as taxas eram iguais para homens e mulheres, enquanto na República Checa, Letónia, Chipre e Luxemburgo as taxas eram mais elevadas para as mulheres do que para os homens. A taxa de risco de pobreza é a proporção de pessoas com um rendimento disponível equivalente inferior ao limiar de risco de pobreza, o qual é fixado em 60% do rendimento mediano nacional disponível equivalente após transferências sociais.



Segundo a Eurostat, 71,1 milhões de pessoas estavam em risco de pobreza na UE em 2024 e 93,3 milhões estavam em risco de pobreza ou exclusão social, o que representa 21 por cento da população do bloco europeu.

No conjunto da UE, quase um quinto (18,6 por cento) dos adultos com 18 ou mais anos, naturais do país da UE onde residiam, estavam em risco de pobreza ou exclusão social em 2024. As percentagens eram consideravelmente mais elevadas para os cidadãos da UE residentes noutro país da UE (26,9 por cento) e para os cidadãos de países não pertencentes à UE (43,8 por cento).

Portugal está entre os cinco países da UE onde a percentagem de nacionais em risco de pobreza ou exclusão social era superior à percentagem de cidadãos de outros países da EU.