O advogado de José Sócrates, Pedro Delille, renunciou ao mandato de defensor do antigo primeiro-ministro no julgamento da Operação Marquês, tendo o tribunal ordenado a nomeação de um advogado oficioso para assegurar a defesa do ex-governante.
A informação foi confirmada aos jornalistas por fonte do Tribunal Central Criminal de Lisboa, que precisou que a renúncia deu entrada esta manhã.
O advogado oficioso já se encontra na sala de audiências, mantendo-se a sessão agendada para esta terça-feira, destinada à audição de testemunhas.
A sessão de julgamento da passada quinta-feira, dia 30 de Outubro, ficou marcada por uma acesa troca de palavras entre Pedro Delille e a presidente do colectivo de juízas, Susana Seca, que resolveu participar disciplinarmente do representante legal de José Sócrates à Ordem dos Advogados, por este não ter comparecido a horas em tribunal.
A magistrada considerou esta conduta “manifestamente ofensiva dos seus deveres deontológicos”, e exaltou-se quando Pedro Delille tentou defender-se. “Acabou a brincadeira! Não lhe dou a palavra! Estava notificado para comparecer às 9h30 e não compareceu, ao contrário de todos os seus colegas”, reagiu Susana Seca, visivelmente agastada.