“Apesar do trabalho ativo das forças de defesa aérea, que destruíram a maioria dos alvos inimigos, houve impactos nas instalações portuárias e de energia civis”, escreveu o governador de Odessa, Oleh Kipe, na rede social Telegram.
Segundo o governador, os socorristas extinguiram rapidamente os incêndios e não há vítimas a registar.
A mesma fonte informou que várias estradas, instalações de produção de energia e outros equipamentos coletivos ficaram danificados, sem adiantar mais pormenores.
A Rússia tem intensificado os seus ataques contra a rede elétrica ucraniana, argumentando que esta infraestrutura é um alvo legítimo por auxiliar o esforço de guerra ucraniano. No domingo, quase 60 mil pessoas ficaram sem energia elétrica após um ataque aéreo russo noturno à região de Zaporizhzhia.
Em resposta, Kiev tem igualmente intensificado os ataques com drones contra a infraestrutura energética russa, atingindo refinarias de petróleo, depósitos e centros logísticos que, segundo o Governo russo, alimentam a máquina de guerra do Kremlin.
Moscovo classifica os ataques como terrorismo, mas a Ucrânia argumenta que se trata de legítima defesa na guerra iniciada pela Rússia em fevereiro de 2022.
As negociações para um cessar-fogo têm estado paralisadas, apesar dos esforços do presidente norte-americano, Donald Trump, para um fim do conflito. A Rússia rejeitou até agora qualquer cessar-fogo e exigiu que a Ucrânia lhe ceda pelo menos quatro regiões – Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporizhzhia – além da península da Crimeia, anexada em 2014, e renunciando para sempre aderir à NATO.
Estas condições são consideradas inaceitáveis pela Ucrânia, que, juntamente com os aliados europeus, exigiu uma trégua incondicional de 30 dias antes de quaisquer negociações de Paz com Moscovo.
Por seu lado, o Kremlin considerou que aceitar tal oferta permitiria às forças comandadas por Kiev, em dificuldades na frente de batalha, rearmar-se, graças aos abastecimentos militares ocidentais.
c/ agências