A Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra manifestou “sincera empatia e solidariedade para com a mãe e a família” de um bebé que morreu, no último fim de semana, na barriga da mãe, na Maternidade Daniel de Matos. A mulher estava a ser acompanhada noutra maternidade de Coimbra e sentiu-se mal a 1 de novembro, tendo sido encaminhada para a Daniel de Matos, onde se confirmou o desfecho trágico. A família considera que houve negligência e falta de assistência médica, pretendendo avançar com uma queixa.
A utente em causa, grávida com 37 semanas, estava a ser seguida na Maternidade Bissaya Barreto, “com vigilância e evolução adequadas”, tendo tido consulta a 29 de outubro, “com avaliação clínica completa, ecografia e cardiotocografia, com todos os parâmetros dentro da normalidade”, refere a ULS.
No dia 1 de novembro foi encaminhada para a Maternidade Daniel de Matos, onde deu entrada nas urgências às 22.29 horas, “após episódio de hemorragia no domicílio”. Foi internada e realizou exames complementares de diagnóstico, sendo que a “cardiotocografia detetou ausência de vitalidade fetal, imediatamente confirmada através de ecografia”.
Depois de informada a mãe e de oferecido apoio psicológico, foi “realizada cesariana, nomeadamente por indicação clínica prévia por patologia ginecológica preexistente. Dados ecográficos e de geneticista confirmaram sinais de morte fetal prévia”, acrescenta a ULS.
Esta terça-feira a ULS indicou que a utente “revela uma boa evolução pós-operatória, continuando internada e devidamente acompanhada”. Foi, entretanto, “desencadeado estudo anatomopatológico, do qual se aguardam resultados”, para tentar esclarecer o que motivou a situação.