Os foguetes foram lançados por volta das 16:00 de segunda-feira (07:00 em Lisboa), em direção ao mar Amarelo, de acordo com o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS, na sigla em inglês).
Num comunicado, o JCS disse que os foguetes foram lançados a partir de um sistema de lançamento múltiplo de `rockets`, mas acrescentou que está a analisar os detalhes da arma.
O teste ocorreu por volta da hora a que o secretário da Guerra dos Estados Unidos aterrou na Base Aérea de Osan, a cerca de 50 quilómetros a sul de Seul, disse o JCS, citado pela agência de notícias pública sul-coreana Yonhap.
Menos de uma hora depois, Hegseth chegou ao Campo Bonifas, o posto de comando das Nações Unidas localizado a cerca de 400 metros a sul da fronteira da zona desmilitarizada (DMZ, na sigla em inglês), durante uma visita com o ministro da Defesa sul-coreano, Ahn Gyu-back.
Os militares sul-coreanos confirmaram que o regime norte-coreano também disparou outra ronda de dez projéteis de artilharia por volta das 15:00 de sábado (06:00), numa altura em que o Presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, e o homólogo chinês, Xi Jinping, se reuniram na cidade sul-coreana de Gyeongju para a cimeira da Cooperação Económica Ásia-Pacífico.
“As nossas forças armadas estão a monitorizar de perto as diversas atividades da Coreia do Norte, sob uma firme postura de defesa conjunta entre a Coreia do Sul e os EUA”, o que lhes permite “responder com força a qualquer ameaça”, afirmou o JCS.
Este tipo de teste de armamento de artilharia não viola as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, mas os foguetes lançados tinham capacidade de atingir a capital sul-coreana, Seul.
Ahn Gyu-back e Pete Hegseth realizaram na segunda-feira a primeira visita conjunta dos dois aliados à Área de Segurança Conjunta (JSM, na sigla em inglês), dentro da DMZ, em oito anos.
A JSM situa-se em Panmunjom, a pouco mais de 50 quilómetros a noroeste de Seul, o único local onde soldados sul-coreanos e norte-coreanos se enfrentam desde a guerra da Coreia (1950-1953).
Pete Hegseth efetua uma visita de dois dias à Coreia do Sul “para participar na 57.ª Reunião Consultiva de Segurança”, referiu o Ministério da Defesa sul-coreano, num comunicado.
No principal fórum anual de defesa entre Washington e Seul, que se realiza hoje, as duas partes deverão abordar questões de coordenação militar face à Coreia do Norte.
Espera-se também que discutam assuntos relacionados com a aprovação dos Estados Unidos para que Seul possua submarinos de propulsão nuclear.
A visita à Coreia do Sul marca o fim da digressão asiática de Hegseth, que incluiu escalas no Japão, Malásia e Vietname.