“Foram 435 inundações, 163 quedas de árvore, 77 limpezas de via, 76 quedas de estruturas e 31 movimentos de massa, ou seja, quedas de pedras e terras, e também um salvamento aquático”, adiantou o oficial de operações José Costa, citado pela agência Lusa.Lisboa e Vale do Tejo foi a região mais atingida,
somando 409 ocorrências. Seguiram-se as regiões centro, com 191
ocorrências, norte, com 132, e Alentejo, com 52.


O mesmo responsável fez referência, designadamente, a um salvamento na Praia do Sul, na Ericeira, concelho de Mafra: “Duas pessoas foram retiradas do mar e transportadas ao hospital com ferimentos leves”.


Há também notícia de uma pessoa desalojada em Paço de Arcos, Oeiras, depois de a sua habitação ter ficado danificada pela intempérie.

“Mantêm-se os avisos meteorológicos em vigor, mas, ao que parece, as coisas estão a melhorar, ou melhorando progressivamente, mas ainda temos um conjunto de avisos meteorológicos de precipitação, vento, trovoada e agitação marítima até ao fim do dia“, fez notar José Costa.

Jornal da Tarde | 5 de novembro

A resposta às ocorrências mobilizou, em todo o território de Portugal continental, 2.841 operacionais e 984 meios terrestres.

O território continental está a ser atingido por uma superfície frontal fria de atividade moderada a forte, que acarreta chuva, trovoadas e vento, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

“Perto de 25 mil clientes” sem energia elétrica

Ao início da tarde desta quarta-feira, havia “perto de 25 mil clientes” privados do abastecimento de energia elétrica, na sequência das falhas causadas pela intempérie da última madrugada em Portugal continental. O balanço é da E-REDES.

A Distribuição de Energia Elétrica em Portugal “tem mobilizados no terreno 500 operacionais, para dar uma resposta robusta e eficaz aos constrangimentos e falhas de eletricidade que se foram sentindo um pouco por todo o país”.

Às 13h00, o IPMA dava conta de 47.676 raios em 24 horas. O apuramento assenta na rede de deteção e localização de descargas elétricas atmosféricas do IPMA em Portugal continental, distribuída por Viana do Castelo, Bragança, Castelo Branco, Santa Cruz e Olhão.

“Pode-se dizer que este é um evento com um grau de excecionalidade“, admitiu, em declarações à Lusa, o meteorologista Pedro Sousa.

“Não acontece certamente todos os anos haver um evento com esta magnitude e com esta frequência de descargas elétricas”, acentuou.

c/ Lusa