A primeira paragem foi logo no alto do Pão de Açúcar. Na segunda-feira, 3 de novembro, o príncipe William iniciou a sua primeira visita oficial ao Brasil diante da vista da Baía de Guanabara, num encontro com Eduardo Paes, o autarca do Rio de Janeiro, que lhe ofereceu a “chave da cidade”. O herdeiro ao trono parece ter percebido a mensagem e fez por se sentir em casa. Ainda na segunda-feira passou pelo Maracanã na companhia do jogador brasileiro Cafu; na terça-feira visitou os nadadores salvadores de Copacabana e jogou vólei de praia, depois abriu um botão da camisa para o passeio de barco pelos manguezais e terminou o dia num boteco em Ipanema. Esta quarta-feira recebeu um adereço de uma representante indígena da Amazónia e recriou uma icónica fotografia da princesa Diana no Cristo Redentor.
A viagem tem um motivo especial: marca também a primeira vez que William vai representar o pai, o Rei Carlos III, na cimeira das Nações Unidas pelas alterações climáticas, a COP, que este ano acontece em Belém, no estado brasileiro do Pará. O príncipe viaja já esta quinta-feira, dia 6 de novembro, quando deve discursar perante líderes mundiais, incluindo Emmanuel Macron e Keir Starmer, assim como representantes europeus, como Ursula von der Leyen e António Costa. Será a estreia no evento do herdeiro ao trono à solo, o que representa também o seu papel mais ativo como embaixador das causas climáticas. Portanto, os três dias anteriores no Rio de Janeiro parecem ter servido também como um aquecimento.
Na “cidade maravilhosa”, William participa ainda esta quarta-feira na entrega dos prémios Earthshot, criados pela Royal Foundation em 2021 para premiar até 2030, anualmente, cinco iniciativas que contribuem para o ambiente. O príncipe também visitou projetos sociais no âmbito do programa United for Wildlife, uma campanha de combate ao tráfico de animais silvestres. Foi por isso que William esteve, por exemplo, a jogar futebol no Maracanã com as crianças que participam no programa de liderança Eartshot, a plantar árvores no manguezal ao lado de ativistas ambientais locais, e a promover o campo de férias dos nadadores salvadores de Copacabana, focado na educação de crianças e jovens sobre a segurança no mar, e o projeto social da atleta Carol Solberg, que leva jovens de comunidades vulneráveis para o vólei de praia. Esta quarta-feira, na cimeira global do United of Wildlife, interagiu com líderes indígenas da Amazónia e anunciou a parceria com um fundo para a proteção ambiental liderado por membros da comunidade indígena.