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Zakynthos, Grécia

Mais 2 mil milhões de euros, mais 12%, mais… problemas. Infraestruturas, transportes ou saneamento precisam de ser revistos.

O setor turístico da Grécia continua a destacar-se no país. É um dos principais pilares da economia do país.

Dados recentes do Banco Nacional da Grécia mostram que, entre Janeiro e Agosto deste ano, as receitas atingiram os 16,7 mil milhões de euros.

É um aumento, não só no número de visitantes, como também nos gastos dos turistas que passam pela Grécia.

Os gastos com viagens aumentaram 12% ao longo desses oito meses, comparando com o mesmo período do ano passado, cita o Euronews. Foi um aumento de mais de 2 mil milhões de euros.

Desde 2023 que a Grécia tem vindo a registar recordes de turismo, ano após ano. 2025 promete ser novo recorde.

Mas este “boom” no turismo na Grécia está a tornar-se insustentável. A infraestrutura local não está a acompanhar o ritmo de crescimento constante.

Outra análise recente do Banco Nacional da Grécia avisam que a infraestrutura em muitos locais da Grécia “está à beira do colapso, especialmente nas ilhas”, avisa o Handelsblatt.

Se a Grécia quer continuar a ser um local atrativo para os turistas, precisa de investir – muito – em redes de transportes e serviços públicos, em saneamento básico e em recolha de lixo, alertam os autores do estudo.

Aliás, já há sinais de sobrelotação, de turismo de massas descontrolado.

Zakynthos, local com zonas selvagens e muito por descobrir, tem um rácio impressionante de 150 turistas para cada habitante local. Os habitantes locais não gostam: o alojamento fica mais caro, há danos ambientais e uma pressão sobre as infraestruturas locais durante a hora de ponta. As rendas aumentaram, o trânsito é constante no verão e os serviços estão sobrecarregados.

Em ilhas muito populares, como Santorini, o volume de visitantes em épocas de pico ultrapassa a capacidade dos espaços; também aqui há pressões sobre infraestruturas, ambiente e qualidade de vida local.

Mesmo na capital Atenas, há zonas – os “bairros turísticos” – que já mostram sinais de saturação: elevado consumo de água, energia, aumento de resíduos e saída de residentes.


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