Rui Costa reagiu à reação do FC Porto ao caso com Fábio Veríssimo no Dragão e às declarações de André Villas-Boas sobre o assunto.
«Não se se ria ou se chore com uma declaração tão anormal quanto aquela. A situação é simples: é tentar desviar atenções daquilo que se passou de grave no Estádio do Dragão, mas não vai ter esse efeito. É tentar criar barulho noutras casas para tentar desviar essas atenções. Mas o que se passou no Dragão é bastante grave. Não me parece grave. É muito grave! Assim como as declarações do André Villas-Boas», afirmou o presidente do Benfica em declarações aos jornalistas à saída de um evento.
Recorde-se que Villas-Boas fez referência ao período eleitoral no Benfica e afirmou ainda que o presidente do Sporting tinha o homólogo do Benfica no bolso, tendo aconselhado os benfiquistas a preocuparem-se com isso. «É tentar criar uma guerra noutros dois clubes, neste caso no Benfica, para tentar desviar atenções de uma coisa muito grave que se passou no Dragão», respondeu o dirigente das águias após ser questionado sobre a afirmação de Villas-Boas.
«O Benfica é sempre um alvo a abater, isso não é novidade para ninguém. É uma declaração que não faz o menor sentido e também não fará o menor sentido pensar que estas declarações vão desviar atenções da gravidade daquilo que se passou no Dragão», acrescentou Rui Costa.
O presidente dos encarnados falou também sobre o jogo da véspera, no qual o Benfica foi derrotado em casa pelo Bayer Leverkusen por 1-0 e complicou ainda mais as contas na luta pela sobrevivência na Champions. «Acho que todos os benfiquistas gostaram da exibição e foi pena que não tenha resultado na vitória, que devia ter resultado. Estamos numa posição mais delicada, mas jamais deixar de acreditar e atirar a toalha ao chão. Ainda há por por disputar e vamos fazer tudo para isso. A exibição foi boa, mas o resultado foi menos bom… mau. Acho que a equipa fez uma boa exibição. Pecou por não conseguir concretizar, por criar uma série de ocasiões que não deram em golo. É um resultado pesado para aquilo que foi feito», analisou a dois dias da segunda volta que o vai colocar frente a frente com João Noronha Lopes e definirá quem será eleito o presidente do Benfica para os próximos quatro anos.
«Fizemos na primeira algo histórico no Mundo. (…) Passou-se tudo da melhor maneira. Os sócios respeitaram-se e que agora se consiga bater esse recorde outra vez da mesma maneira. Que o presidente que estiver à frente do clube depois de sábado, consiga unir os benfiquistas, assim como aquele que não ganhar nada faça para que essa união não exista. Fomos um exemplo para o mundo, não só por bater o recorde como pela forma democrática com que as pessoas foram às urnas. Essa é a parte que mais gosto de enaltecer enquanto benfiquista.»