O Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (MedTrop) incorporou na sua 60a edição debates sobre a Ciência Aberta. Com o tema central Mudanças climáticas e impactos nas doenças tropicais, o evento contou com uma mesa-redonda organizada pela Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB), que reuniu experiências de países lusófonos para abordar a temática Biobancos, ciência aberta e inovação: acelerando o futuro da medicina tropical através do compartilhamento de materiais biológicos.
Da esquerda para direita: Ana Paula Araez, Isabel Inês Araujo, Aline Souto e Vanessa Jorge
Com moderação de Aline Souto, coordenadora executiva das Coleções Biológicas da Fiocruz, a mesa contou com a participação de Vanessa Jorge, coordenadora do Fórum de Ciência Aberta e membro da Rede Fiocruz de Biobancos. Sua apresentação abordou a importância da padronização de metadados como requisito para viabilizar o compartilhamento efetivo de amostras e o fortalecimento de redes de colaboração aberta.
Ao agradecer o convite, Vanessa Jorge comentou: “Institucionalmente, o campo da Ciência Aberta vem dialogando fortemente com o ecossistema da pesquisa clínica e também com nossos biobancos. A idéia é trabalharmos de forma complementar e integrada na Fiocruz.”
A mesa-redonda teve a participação de Ana Paula Araez, pesquisadora na Unidade de Parasitologia Médica do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade NOVA de Lisboa, cuja apresentação abordou a “Importância e potencial da Rede Lusófona de Biobancos para a colaboração internacional e inovação em medicina tropical.”
Finalizando o debate, Isabel Inês Araújo, professora auxiliar na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Cabo Verde, abordou a “Experiência prática, desafios e oportunidades do biobanco para pesquisa e inovação na África lusófona”
O MedTrop
Organizado pela Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), o MedTrop é considerado um evento científico e acadêmico de grande relevância na área da saúde. O congresso reúne anualmente profissionais da área médica, pesquisadores, estudantes e autoridades para debater ciência e inovação em saúde, com foco nas doenças infecciosas e parasitárias que predominam em regiões tropicais e subtropicais. Entre outros objetivos, busca fortalecer políticas públicas e a vigilância em saúde no Brasil e na América Latina.