A próxima geração do modelo de inteligência artificial da OpenAI, o GPT-5, está prestes a ser revelada e promete marcar um novo capítulo no desenvolvimento da IA. Segundo rumores recentes, o lançamento poderá ocorrer já em agosto de 2025, com melhorias significativas em relação ao que conhecemos até agora. A expectativa é elevada, não só pelo impacto tecnológico, mas também pelas declarações do próprio Sam Altman, CEO da OpenAI, que revelou estar simultaneamente entusiasmado e apreensivo com o avanço do projeto.
Fontes próximas do setor apontam que o GPT-5 poderá ser apresentado durante a segunda ou terceira semana de agosto. Para além da versão principal, a OpenAI poderá lançar variantes “mini” e “nano”, adaptadas a diferentes tipos de utilização. É também esperado que o GPT-5 seja integrado em plataformas como o Microsoft Copilot, tirando partido de um novo modo inteligente capaz de encaminhar automaticamente pedidos para o modelo mais adequado, conforme a complexidade da tarefa.
Arquitetura unificada e capacidades multimodais
Uma das grandes apostas do GPT-5 é a integração de vários modelos da OpenAI (como o o3 e o 4o) numa única arquitetura, mais eficiente e versátil. Isto significa que o novo modelo deverá ser capaz de lidar com texto, imagem, voz e, potencialmente, vídeo, sem necessidade de alternar entre diferentes versões especializadas. Assim, o utilizador passará a ter uma experiência mais fluida e polivalente, podendo interagir com a IA em múltiplos formatos e contextos.
O GPT-5 deverá elevar a fasquia no que toca à capacidade de raciocínio. O novo modelo foi desenhado para lidar com tarefas de lógica e análise mais complexas, superando o tradicional formato de pergunta-resposta. Sam Altman partilhou que o GPT-5 já foi capaz de resolver problemas que ele próprio não conseguiu, sublinhando o salto qualitativo na autonomia e na capacidade de resposta da IA.
Outro ponto de destaque é o contexto: enquanto o GPT-4 Turbo suporta até 128.000 tokens, o GPT-5 poderá multiplicar esse valor por sete ou oito vezes, chegando a cerca de um milhão de tokens. Isto vai permitir manter o fio à meada em conversas longas, analisar grandes volumes de texto ou código e responder de forma mais precisa, mesmo em interações prolongadas.
Novas funcionalidades e preocupações éticas
A OpenAI está também a preparar o GPT-5 para agir como agente autónomo, capaz de gerir tarefas, delegar entre APIs e executar fluxos de trabalho de forma ordenada. Espera-se que a IA se torne mais proativa, oferecendo soluções personalizadas e informativas, com menos erros factuais e respostas mais fiáveis.
Apesar do entusiasmo, Sam Altman não esconde alguma inquietação. O CEO comparou o desenvolvimento do GPT-5 ao Projeto Manhattan, reconhecendo que o avanço da IA está a ultrapassar a capacidade de regulação e supervisão. Entre as frases partilhadas por Altman destacam-se reflexões como “talvez seja ótimo, talvez não… mas o que fizemos?”, ou ainda a sensação de impotência perante uma IA que já supera humanos em tarefas tradicionalmente complexas.
O que muda para o utilizador
Com o GPT-5, a OpenAI promete uma experiência mais integrada, poderosa e personalizável, tanto para utilizadores gratuitos como para subscritores pagos, que poderão aceder ao máximo potencial do contexto expandido. O impacto esperado abrange áreas como a análise de dados, a programação, a criação de conteúdos e a assistência virtual.
A chegada do GPT-5 poderá redefinir os limites do que esperamos de uma IA, mas também reacende o debate sobre a responsabilidade, a ética e a necessidade de regras claras para o desenvolvimento destas tecnologias.
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