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Subiu para 116 o número de pessoas hospitalizadas resultantes da contaminação na água da praia da Nazaré. A informação foi avançada este domingo por fonte da Unidade de Saúde da Região de Leiria. 72 são crianças e adolescentes, enquanto 44 são adultos.

Os utentes apresentaram sintomas gastrointestinais devido a uma bactéria. Inicialmente, uma fonte da Unidade de Saúde da Região de Leiria indicou que foram registados alguns casos de transmissão por familiares das pessoas inicialmente contaminadas. Contactada pelo Observador, outra fonte contraria essa informação.

“A Unidade de Saúde Pública mantém o seguimento clínico dos casos identificados estando em curso a investigação epidemiológica e a monitorização contínua da situação”, lê-se numa nota, que especifica que 60% das pessoas contaminadas são do sexo feminino e 40% são do sexo masculino.

Na praia da Nazaré, na sexta-feira, os banhos foram proibidos após uma falha técnica que originou uma descarga nos esgotos pluviais e maus cheiros. Este domingo, a proibição foi levantada.

Num comunicado publicado no sábado, a Câmara Municipal da Nazaré revelou que, depois de uma visita realizada na tarde deste sábado, “foi possível constatar que a água do mar se encontra atualmente límpida e transparente, sem sinais de constituintes orgânicos macroscópicos”.

Citada no comunicado da autarquia, a Delegação de Saúde Regional do Centro deu conta de que face ao resultado da análise das águas, feita na sexta-feira, e face à “curva descendente” do recurso aos serviços de saúde por “utentes com sintomatologia gastrointestinal” foi levantada a interdição de banhos na praia.

A autarquia explicou na sexta-feira, em comunicado, que “uma ocorrência técnica registada recentemente no sistema pluvial originou uma escorrência anómala, acompanhada de maus odores junto à linha de costa”.

Apesar de a situação ter sido de imediato identificada e resolvida, e de não existirem “sinais visíveis de escorrência ou maus cheiros”, a autarquia pediu análises à água à saída da conduta, para “garantir a qualidade da água e a segurança da população”.

Com Diogo Cordeiro

Artigo corrigido às 15h52 de dia 3 de agosto de 2025 com a correção de que outra fonte desmente a existência de casos por contágio