A Netflix lança no próximo dia 12 de novembro o documentário “Caso Eloá – Refém ao Vivo“, produção que revive um dos episódios mais marcantes e tristes da história policial brasileira.

O filme revisita o sequestro e assassinato de Eloá Pimentel, ocorrido em 2008, quando a adolescente, de apenas 15 anos, foi mantida refém por mais de 100 horas pelo ex-namorado Lindemberg Alves, em Santo André, São Paulo.

Com depoimentos inéditos da família, amigos e profissionais que acompanharam o caso, o documentário busca recontar a história sob a perspectiva de Eloá, mostrando não apenas o crime, mas também quem era a jovem e o impacto de sua morte.

“Quando essa história chegou até nós, eu a abracei com muito amor. Achei que precisávamos revisitar esse caso e dar voz a essa menina. Ela foi negligenciada de todas as formas, e era importante que a gente falasse sobre isso”, refletiu Veronica Stumpf, produtora da obra, ao o Metrópoles.

A diretora Cris Ghattas destacou o caráter reflexivo da produção, que propõe uma análise crítica sobre a cobertura midiática e a violência contra a mulher.

“Quando olhamos para uma história como essa, que se repete, temos a oportunidade de rever nossos papéis, como comunicadores, policiais, líderes, pais, educadores, como sociedade e como imprensa. É muito importante e válido ter esse olhar crítico e distanciado para entender melhor a nossa história e encontrar formas de seguir adiante”, afirmou.

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As cineastas também ressaltaram o esforço em dar espaço à família da vítima. “Muito se falou sobre o assassino e o papel da imprensa, mas nunca sobre a vítima. Este documentário mostra a dor dessa família, o que eles enfrentaram depois e quem era essa garota, seus sonhos, desejos e planos para o futuro”, completou Veronica.

Com cenas inéditas e trechos do diário de Eloá, “Caso Eloá – Refém ao Vivo” promete emocionar e provocar reflexão sobre o feminicídio e o papel da mídia em casos de violência.