Rio – Irene Ravache recebeu Astrid Fontenelle em seu apartamento, em São Paulo, para uma nova edição do programa “Admiráveis Conselheiras”, exibido pelo GNT nesta sexta-feira (7). No bate-papo, a atriz abordou temas como envelhecimento, sexualidade e as dificuldades que enfrentou ao lidar com a dependência química do filho mais velho.

Casada desde 1971 com o jornalista Edison Paes, com quem tem um filho, Juliano, de 51 anos, Irene relembrou um episódio marcante da década de 1990, quando precisou tomar uma decisão difícil sobre o primogênito, Hiram, de seu casamento anterior com Iram Dantas.

“Essa casa tem regras”

Durante a conversa, Irene contou que, na época, decidiu expulsar Hiram de casa por causa da dependência química. Ela disse que precisou impor limites para preservar a convivência familiar.

“Eu disse assim para ele: ‘olha, essa casa aqui sempre vai estar aberta para você. É minha casa, é a sua casa. Mas essa casa tem regras. Tem regras para um bem viver. Se você não pode se adaptar a essas regras…’ Ele foi… E aí sabe o que você faz? Você chora, você fica cheia de dúvida. Será que larguei meu filho? Para quem? Para os marginais? Aí liga para todos os amigos. Olha, se ele aparecer, abriga, dá um abrigo.”

Hoje, Hiram, de 59 anos, trabalha como psicólogo e percorre o Brasil ministrando palestras para pessoas em recuperação. Muitas vezes, a mãe o acompanha nessas viagens.

“Eu vou, Astrid. Porque é o servir. Então, e é um pouco para devolver também o que eu recebi. Muito apoio. Muito apoio dos grupos que eu frequentava. E para passar para mães… É claro que tem pais também e tem filhos, não é? Pelo menos eu posso dar um depoimento, não é? Eu posso dizer, olha, tem uma luz aqui no final desse túnel. Não desistam, não. É possível”.

Sexo e casamento após cinco décadas

Irene também falou sobre a intimidade no casamento de 54 anos com Edison Paes. Segundo ela, o desejo se transforma ao longo do tempo, e o casal aprendeu a viver outras formas de afeto e conexão.

“Então, o sexo na terceira idade. Tem gente que faz, tem gente que não faz. Tem gente que sente falta, tem gente que não sente falta. São as coisas que eu leio. Eu acho impossível você ter, no meu caso, a mesma disposição, a mesma vontade, o mesmo tesão que você tinha antes. Agora eu tenho relatos de pessoas que não só fazem, como sentem muita falta”.