Asteroide de ouro chama atenção dos astrônomos da NasaFoto: Imagem gerada por IA/ND Mais
Você já imaginou um asteroide de ouro avaliado em trilhões de dólares? É exatamente isso que está intrigando cientistas da Nasa.
O 16 Psyche, localizado entre Marte e Júpiter, pode concentrar uma quantidade grandiosa de metais preciosos, incluindo ouro, ferro e níquel, o suficiente para transformar a economia mundial, se algum dia pudesse ser explorado.
O que é o asteroide de ouro?
Enquanto a maioria dos asteroides é composta por rochas e gelo, o 16 Psyche se destaca por ser essencialmente metálico.
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Ele tem alta densidade e reflete a luz de forma diferente, o que indica uma composição dominada por ligas de ferro e níquel, e possivelmente grandes quantidades de ouro e outros metais pesados.
Os cientistas acreditam que o 16 Psyche pode ser os restos do núcleo de um planeta embrionário que perdeu suas camadas externas após uma série de colisões violentas há bilhões de anos.
Por que os cientistas acreditam que o 16 Psyche é feito de ouro?
Essa hipótese vem de modelos científicos baseados em densidade e composição. Ou seja, ninguém sabe ao certo quanto de ouro existe no objeto celeste.
No entanto, os cientistas conseguiram identificar uma concentração de metais muito maior do que qualquer material na crosta terrestre.
Cientistas ainda desconhecem a quantidade de metais que existem no asteroide de ouroFoto: Canva/ND Mais
Enquanto a composição real do “asteroide de ouro” segue em segredo, a Nasa enviou uma sonda ao espaço para analisar o campo gravitacional, a estrutura interna e a superfície do asteroide.
As informações obtidas devem confirmar ou ajustar as estimativas, ajudando a entender como se formaram os corpos metálicos no espaço.
Os impactos econômicos do asteroide de ouro
Os cientistas acreditam que transportar até mesmo uma pequena fração dos metais do 16 Psyche para a Terra seria suficiente para alterar toda a economia global.
O valor em ouro e outros metais é estimado em trilhões de dólares, o que poderia derrubar preços e mudar como a humanidade lida com recursos minerais.
Apesar disso, na prática, essa realidade está muito distante de acontecer. Ainda não existem tecnologias, estruturas logísticas ou regulações internacionais capazes de viabilizar uma mineração espacial desse porte.
A própria Nasa reforça que a missão tem caráter científico, e não comercial. O foco está em compreender, não em explorar.
Missão traz desafios para astrônomos
Operar um asteroide metálico traz dificuldades inéditasFoto: Canva/ND
Para os astrônomos, operar um asteroide metálico traz dificuldades inéditas. O campo gravitacional é instável, a superfície é irregular e composta por materiais que reagem de forma diferente à luz e ao calor. Cada manobra da sonda exige precisão extrema.
Os instrumentos embarcados precisam medir variações sutis de gravidade e magnetismo, o que exige sensibilidade muito maior do que em outras missões.
Essa complexidade torna o 16 Psyche um campo de testes valioso para tecnologias que poderão ser usadas em futuras explorações espaciais.
Por que o 16 Psyche virou prioridade para a NASA
Desde 1990, a Nasa faz buscas por exoplanetas (planetas que orbitam estrelas fora do nosso Sistema Solar com atmosfera e água).
Por isso, nesse momento, o 16 Psyche pode ser uma chance rara de observar o que acontece dentro dos planetas, sem precisar perfurá-los.
Mesmo que nunca se torne viável extrair recursos de lá, entender como esse “mundo metálico” se formou já é um avanço enorme para a ciência.
O que vem pela frente
Conforme a missão avança, os dados enviados à Terra vão refinar o que se sabe sobre o asteroide de ouro, desde sua massa até a composição exata de seus metais.
A cada descoberta, os cientistas chegam mais perto de compreender como núcleos planetários surgem e evoluem.