Deixou conselhos e, num palco onde as palavras ‘inteligência artificial’ são usadas com frequência, pediu autenticidade. “A IA não é tudo neste mundo”, admitiu. “É altura para os criadores fazerem conteúdos originais, porque as pessoas não querem só ver IA” nas redes sociais. “A IA está a encobrir muito as redes sociais, às vezes nem sequer sei distinguir o que é real de IA.”
Mas, em muitas das questões, Lame preferiu recorrer às expressões que o tornaram famoso na internet para evitar temas complexos. Por exemplo, sobre como é que lidou com a detenção feita em junho pelos serviços de imigração dos EUA (ICE), por ter excedido o tempo de permanência em território norte-americano. “Estou muito bem. (…) Viajo muito, vim da Arábia Saudita”, respondeu apenas.
Também evitou responder a questões sobre como é que prevê que seja o futuro para os criadores de conteúdo online. “O futuro é de alguma forma brilhante para toda a gente”, começou por dizer, rematando que “depende de vocês”. “Toda a gente tem a sua vida, toda a gente comete erros, isso é normal.”
Aos 25 anos, o criador de conteúdos já fechou contratos com a Hugo Boss e até tem direito a uma skin no popular jogo Fortnite. No palco da Web Summit, aproveitou a oportunidade para revelar que está “a trabalhar num novo filme”. “Mas não posso falar muito. Vai sair em breve, espero ver toda a gente no cinema.”
Para o final da noite de abertura ficou guardada a apresentação de Anton Osika, CEO e fundador da Lovable, a startup que ganhou o estatuto de ‘unicórnio’ (avaliada em mil milhões de dólares) em apenas oito meses e chega à Web Summit como a tecnológica que mais rapidamente está a crescer em todo o mundo. A Lovable é uma plataforma de inteligência artificial (IA) que cria sites e aplicações, bastando para tal dar-lhe instruções em linguagem natural, sem a necessidade de usar código. Osika diz que quer tornar 99% da população do planeta em “programadores”.