[O Presidente] “não precisava de desmentir porque eu também nunca disse isso”, reforçou novamente Gouveia e Melo sobre a polémica em torno da declaração na qual fala do que motivou a sua candidatura a Belém. O candidato falou com o DN e a Record TV durante uma visita ao stand do Brasil no Web Summit na tarde desta terça-feira, 11 de novembro.

Segundo Gouveia e Melo, o que ocorreu foi uma “interpretação abusiva” da declaração que consta no livro As Razões, da autoria da diretora-adjunta do DN, Valentina Marcelino. “A polémica é gerada por uma interpretação abusiva do que eu disse”, destacou. “Depois há todo um circo que se monta à volta dessa interpretação abusiva”, complementou o candidato.

A recomendação do candidato é que leiam o texto original, disponibilizado na íntegra aqui no DN. “A minha única recomendação é que, por favor, leia o original”, solicitou.

A confusão em torno do assunto ocorreu no domingo, 9 de novembro, quando a Lusa difundiu um texto com o título “Presidenciais: Gouveia e Melo revela que foi tentativa de Marcelo para o travar que o levou a candidatar-se”.

Na peça, a agência de notícias escreveu que o almirante só decidiu avançar para Belém quando leu uma notícia no Expresso sobre o facto de Marcelo Rebelo de Sousa querer travar a sua candidatura presidencial através da sua recondução como chefe da Armada. No entanto, na manhã de segunda-feira, 10 de novembro, o candidato presidencial fez um desmentido, dizendo que a notícia “é falsa”, tendo “uma falta de rigor inaceitável” sobre as declarações que proferiu. 

Apesar do desmentido de Gouveia e Melo, a Lusa defendeu esta segunda-feira que “mantém” a interpretação sobre as declarações do almirante, repudiando “as acusações de que a notícia em causa seja falsa e, muito menos, que a agência contribua para a desinformação”.

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