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O Serviço Federal de Segurança russo (FSB) disse esta terça-feira que impediu um plano conjunto da Ucrânia e do Reino Unido para subornar pilotos russos e levá-los a roubar um caça MiG-31, equipado com um míssil hipersónico Kinzhal. A notícia foi avançada por agências estatais russas, que escreveram que o objetivo da missão era encenar uma “provocação” à NATO.
Segundo a Ria e Tass, os serviços secretos ucranianos tentaram recrutar pilotos russos, prometendo pagar-lhes três milhões de dólares e oferecendo a possibilidade de obter a cidadania de um país ocidental. “Os serviços secretos planearam subsequentemente voar a aeronave, equipada com um míssil Kinzhal, para o local da maior base aérea da NATO no sudeste da Europa, localizada em Constanta, na Roménia, onde poderia ter sido atingida pela defesa aérea”, noticiaram, citando o FSB. Referiam-se à base Mihail Kogalnicean, que no ano passado estava a ser alargada para se tornar a maior base da NATO na Europa.
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O Serviço Federal de Segurança russo afirmou que o objetivo da Ucrânia não era proteger o piloto e a aeronave, mas provocar um acidente. Alegou também que a missão conjunta entre Ucrânia e Reino Unido, que teria começado a ser preparada em outono de 2024, envolveria membros do jornal de investigação Bellingcat, que foi bloqueado pela Rússia.
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A agência Ria cita um piloto russo que disse ter sido contactado no ano passado por um suposto representante da Bellingcat, que se teria apresentado como Sergei Lugovskoy. O homem teria oferecido dinheiro por consultoria militar, indicou o piloto, garantindo que recusou. “Acredito que o objetivo de Sergei ao contactar-me era comprometer [a minha posição]”, acrescentou.