Lisboa (26.º), Cascais (33.º) e Quinta do Lago (43.º) destacam-se no mapa global da riqueza, segundo o Savills HNWI Hotspot Index, consolidando Portugal como referência junto de quem valoriza qualidade de vida, segurança e oportunidades de crescimento económico.

O interesse internacional por Portugal continua a crescer, com destaque para o aumento do número de compradores americanos em toda a Europa, que encontram no país o equilíbrio ideal entre estilo de vida, história e cultura. Portugal mantém-se, igualmente, como um dos destinos preferidos dos brasileiros, reforçando a sua posição enquanto referência global para quem procura qualidade de vida, excelente conectividade e novas oportunidades.

Dubai, Nova Iorque, Singapura, Hong Kong e Abu Dhabi lideram o Savills HNWI Hotspot Index. Estas cidades reúnem condições especialmente atraentes para quem quer investir e fazer negócios, com segurança jurídica, ensino de elevada qualidade e um estilo de vida apelativo. O Dubai lidera na oferta de escolas internacionais, enquanto Singapura e Abu Dhabi sobressaem pela competitividade económica e conectividade.

O estilo de vida assume um papel cada vez mais central na escolha de localização, com o acesso à melhor oferta de retalho, hospitalidade e cuidados de saúde a manter-se essencial. Londres ocupa o primeiro lugar a nível mundial em termos de estilo de vida, destacando-se pela oferta ímpar em retalho, gastronomia, hotelaria e cultura.

Os resultados integram o Spotlight on Wealth Trends da Savills, que apresenta uma visão abrangente das preferências em evolução das pessoas com elevado património líquido (HNWI, na sigla inglesa) em todo o mundo. O relatório analisa cerca de 100 destinos com base em cinco critérios principais: ambiente de negócios e concentração de riqueza, infraestrutura familiar e custos, planeamento sucessório, estilo de vida e privacidade, revelando uma transformação dinâmica nos padrões de migração da riqueza a nível global.

Rita Bueri, Head of Residential da Savills Lisboa, afirma: “a presença de Lisboa no top 30 do Savills HNWI Hotspot Index confirma o reconhecimento internacional da cidade enquanto destino de excelência. Lisboa alia história, inovação e uma qualidade de vida rara entre as grandes capitais, oferecendo um equilíbrio ímpar entre tradição, modernidade e bem-estar. É, cada vez mais, um ponto de encontro global para quem procura viver, investir e crescer num ambiente seguro e inspirador.”

Segundo Kelcie Sellers, Associate Director, Savills World Research, “os proprietários estão a manter os seus ativos durante mais tempo, com maior enfoque no estilo de vida e não em resultados rápidos”. E acrescenta: “a localização continua a ser determinante. Trata-se de uma mudança de paradigma semelhante à expansão das viagens aéreas nas décadas de 1960 e 1970, mas hoje impulsionada pelo mundo digital, e não pela acessibilidade económica. Em zonas de resort e costeiras, a proximidade ao mar é um grande atrativo, tal como a privacidade e o espaço. O conceito chave na mão continua a ser a referência, com propriedades totalmente equipadas e prontas a captar o maior interesse.”

O novo mapa da riqueza

A Europa mantém-se como um polo de atração da riqueza, com o Mónaco (6.º), Londres (10.º) e Genebra (11.º) a ocuparem os três primeiros lugares do ranking. Roma (19.º), Milão (23.º) e Lisboa (26.º) surgem como destinos em ascensão, impulsionados por regimes fiscais favoráveis e elevada qualidade de vida.

Na região Ásia-Pacífico, cidades como Pequim (14.º), Xangai (16.º), Banguecoque (17.º) e Tóquio (24.º) integram o top 30, graças à conectividade, concentração económica e oferta de luxo. O crescimento económico significativo da região levou ao aumento de pessoas com elevado património, com Sydney (34.º), Kuala Lumpur (35.º) e Seul (38.º) a posicionarem-se logo após o top 30.

Mais de metade das localizações norte-americanas analisadas figuram no top 30, com uma concentração em torno de Nova Iorque (2.º) e The Hamptons (31.º), Los Angeles (7.º), Malibu (21.º), São Francisco (12.º) e Monterey (41.º), bem como Miami (8.º) e Palm Beach (30.º).

Estes dados revelam que os HNWI, mesmo quando procuram afastar-se dos grandes centros, continuam a valorizar a proximidade a zonas urbanas.

O relatório salienta também que a riqueza já não está confinada às cidades. Destinos rurais e de montanha, como a Toscana (22.º), Jackson (28.º), Aspen (9.º) e Zermatt (15.º), ocupam posições de destaque, cada vez mais vistos não só como retiros, mas também como bases permanentes, refletindo uma preferência crescente por lazer, bem-estar e conectividade ao longo de todo o ano.

Kelcie Sellers conclui: “o novo mapa da riqueza é mais fluido, descentralizado e distribuído globalmente do que nunca. Onde talento e capital convergem, a riqueza acompanha. Nesta nova era, o próximo hotspot será determinado menos pelo legado e mais pela agilidade, visão e capacidade de atrair os mais globais.”

Savills HNWI Hotspot Index

Savills HNWI Hotspot Index
Créditos: DR