O cidadão russo Roman Novak, acusado de envolvimento num golpe milionário com criptomoedas, e a sua esposa, Anna Novak, foram assassinados e esquartejados perto do Dubai, segundo avançaram esta semana meios de comunicação russos.
O caso está a ser investigado pela polícia de São Petersburgo, em cooperação com as autoridades dos Emirados Árabes Unidos.
De acordo com o jornal russo Komsomolskaya Pravda, o casal desapareceu a 2 de outubro, depois de ser atraído a um resort nas montanhas de Hatta, próximo do Dubai, por um grupo de criminosos que se fazia passar por investidores interessados nos seus negócios.
No local, Roman e Anna terão sido mantidos em cativeiro, enquanto os sequestradores exigiam as senhas de acesso à carteira digital do empresário. Ao perceberem que a conta estava sem fundos, os agressores terão assassinado o casal, esquartejado os corpos e espalhado os restos mortais, deixando parte deles em caixotes do lixo de um centro comercial, segundo o portal russo Fontanka.
Esteve preso por fraude
Roman Novak, de 37 anos, ficou conhecido por criar a aplicação Fintopio, uma plataforma de investimentos em criptomoedas que usou para enganar vários investidores, num esquema que terá movimentado cerca de 500 milhões de dólares (431 milhões de euros).
Em novembro de 2020, o russo foi condenado a seis anos de prisão por fraude. No entanto, em 2023, saiu da prisão em liberdade condicional.
Após a libertação, mudou-se para o Dubai e apesar do longo histórico de golpes com criptomoedas continuou a trabalhar no setor.
Nas redes sociais, era conhecido por ostentar carros de luxo e viagens internacionais. Através de fotografias e vídeos, chegou a exibir veículos avaliados em mais de 1,9 milhões de dólares, incluindo um Rolls-Royce.
Oito suspeitos detidos
As autoridades russas confirmaram a detenção de oito suspeitos, entre eles ex-investidores lesados e um ex-funcionário do Ministério do Interior do governo de Vladimir Putin.
Segundo o New York Post, três pessoas terão participado diretamente nos homicídios, enquanto quatro são acusadas de planear o crime. O papel do oitavo suspeito ainda não foi esclarecido.