A jóia, recuperada pelo exército prussiano em Waterloo (perto de Bruxelas, atual Bélgica), depois da fuga do general e imperador francês perante tropas prussianas e britânicas, estava inicialmente avaliada entre os 120.000 e os 220.000 euros.

A venda desta jóia histórica atingiu um preço recorde, mesmo sendo uma das peças mais caras da coleção de luxo à venda na cidade suíça. Fazia parte das jóias pessoais de Napoleão, tendo sido criada para ele cerca de 1810, “provavelmente para adornar o seu bicórnio em ocasiões especiais”, referiu a Sotheby’s. Trata-se de uma pregadeira circular, de 45 mm de diâmetro, com um grande diamante oval de 13,04 quilates no centro, rodeado de quase uma centena de diamantes antigos, de formas e tamanhos diversos, dispostos em dois anéis concêntricos.



Depois de recuperada em Waterloo, a jóia foi oferecida, juntamente com outros artigos, ao rei Frederico Guilherme III da Prússia, como troféu de guerra a 21 de junho de 1815, apenas três dias após a batalha que ditou o fim de Napoleão.


Do mesmo lote fazia parte um berilo verde de 132,66 quilates usado pelo Imperador Napoleão I na sua coroação.


A semana contou ainda com a tradicional venda de relógios de prestígio, como o Rolex Oyster, um dos primeiros relógios de pulso à prova de água, usado pela nadadora de longa distância Mercedes Gleitze (1900-1981), a primeira mulher britânica a atravessar o Canal da Mancha a nado.

Avaliado em mais de 1,1 milhões de euros, foi vendido por 1,46 milhões de euros.

Outro dos destaques dos leilões da Sotheby’s, “A Rosa Brilhante”, um diamante rosa vibrante de 10,08 quilates avaliado em cerca de 20 milhões de dólares, foi retirado do leilão na noite de quarta-feira.


Quando contactada pela AFP, a Sotheby’s não estava imediatamente disponível para fornecer uma explicação para a retirada.


com AFP